Verme antigo ressuscitado após 46.000 anos



Um pequeno grupo de vermes foi despertado depois de estar congelado por cerca de 46.000 anos. Acredita-se que a espécie tenha vivido no final do Pleistoceno e estava nos solos congelados da Sibéria.

Um pequeno grupo de vermes foi despertado depois de estar congelado por cerca de 46.000 anos. Acredita-se que a espécie tenha vivido no final do Pleistoceno e estava nos solos congelados da Sibéria, revela um novo estudo.

A sobrevivência em ambientes extremos durante períodos prolongados é um desafio de que apenas alguns organismos são capazes. Não se sabe bem quais são as vias moleculares e bioquímicas utilizadas por esses organismos criptobióticos e durante quanto tempo podem suspender a vida. Aqui, os investigadores descobriram que um verme do solo, Panagrolaimus kolymaensis, suspendeu a vida durante 46.000 anos no gelo da Sibéria.

Através de uma análise comparativa, verificaram que o P. kolymaensis utiliza mecanismos adaptativos semelhantes para sobreviver a condições ambientais adversas durante períodos prolongados.

“A datação por radiocarbono é absolutamente precisa e sabemos agora que sobreviveram de facto 46.000 anos”, afirma o coautor do estudo, Teymuras Kurzchalia, biólogo celular emérito do Instituto Max Planck de Biologia Celular Molecular e Genética, em Dresden.

Se os vermes forem de facto tão antigos como o estudo sugere, serão de longe os exemplos mais impressionantes daquilo a que os cientistas chamam criptobiose – a capacidade de um organismo suspender o seu próprio metabolismo em condições precárias.

“As nossas descobertas são importantes para a compreensão dos processos evolutivos, uma vez que os tempos de geração podem ir de dias a milénios e a sobrevivência a longo prazo de indivíduos de espécies pode levar à refundação de linhagens que, de outra forma, estariam extintas”, explicam os autores.





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