Walmart foca-se em lojas de bairro. Como irão reagir as cidades?



A Walmart é a maior cadeia de retalho do mundo, a maior empregadora privada do mundo – cerca de dois milhões de empregados – e maior empresa do mundo, à frente da Shell. É também olhada pelas concorrentes como precursora de tendências – as suas estratégias influenciam a forma como as empresas da mesma área se adaptam às novas realidades.

Por estas razões, tudo o que a Walmart faz deve ser olhado com interesse pelos planeadores urbanos – afinal, a sua estratégia de abertura de novas lojas poderá influenciar a vida dos cidadãos e urbanismo.

E a mais recente estratégia da Walmart, conta-nos hoje o Financial Times (FT), está ainda mais ligada ao coração das cidades. É que a multinacional norte-americana vai continuar a investir numa estratégia que vai ao encontro dos anseios dos consumidores: lojas de bairro.

De acordo com o FT, a Walmart vai abrir 300 novas lojas de bairro, nos Estados Unidos, no próximo ano, o que reflecte “a mudança nos hábitos de consumo dos cidadãos”, que querem soluções mais “convenientes”.

“Os hábitos de compra dos clientes estão a mudar mais rapidamente que nunca. Temos que ser mais ágeis e flexíveis na nossa forma de operar, para nos adaptarmos a estas mudanças”, explicou ao FT Doug McMiliion, o CEO.

Segundo o Wall Street Journal, há 14 anos que a Walmart procura tornar bem sucedida a sua estratégia baseada em lojas de bairro e pequenas mercearias. Apesar do insucesso inicial, o futuro passa, aparentemente, por aqui.

Um futuro influenciado – mas que também influencia – a forma como as cidades estão a recolocar o seu centro no topo das escolhas dos cidadãos – habitação, comércio e serviços. Estaremos perante o declínio dos grandes centros de comércio?

Foto:  Nicholas Eckhart / Creative Commons





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