WWF: EUA importaram 2,4 mil milhões de euros de frutos do mar pescados ilegalmente



Foi ontem publicado pela United States International Trade Commission um relatório que indica que em 2019, 2,4 mil milhões de euros de frutos do mar foram pescados ilegalmente e importados pelo país – o que equivale a 11% de todas as importações de marisco.

Segundo a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos da América, a maior parte dos animais capturados de forma ilegal, não relatada e não regulamentada (IUU – Illegal, Unreported, and Unregulated ) eram caranguejos nadadores, camarão selvagem, atum amarelo e lulas.

Os países exportadores “relativamente substancias” das importações foram a China, a Rússia, o México, a Indonésia e o Vietname. Já o Canadá, o maior exportador destes alimentos para o país, foi considerado de “baixo risco” relativamente à pesca IUU.

De acordo com a Comissão, a remoção deste tipo de pesca teria uma impacto positivo nas pescarias do país com um aumento das receitas operacionais em 60,8 milhões de dólares, com benefício direto para os pescadores, tal como para os consumidores a nível de proteção.

A World Wildlife Fund (WWF) já veio reagir a este acontecimento; Michele Kuruc, vice-presidente das Políticas do Oceano da organização, afirmou em comunicado: “Este relatório relembra-nos que as ramificações da pesca ilegal vão muito além da saúde dos nossos oceanos. Estas esgotam os nossos oceanos, alimenta o abuso dos direitos do trabalho e dos direitos humanos e deixa os nossos produtores domésticos em desvantagem económica. As pessoas são prejudicadas, as economias são afetadas e os nossos oceanos e planeta ficam em perigo.

A profissional aponta ainda que o governo tem de agir para erradicar a pesca ilegal, e propõe ainda que o seu programa de monitorização deve abranger mais espécies; “Precisamos de rastrear todas as espécies importantes, não apenas um pequeno grupo, para realmente enfrentarmos este problema e proteger os nossos oceanos, promover o crescimento económico e capacitar as pessoas que dependem dos oceanos para alimento e rendimento.”





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