Zimbabué: cria de Cecil foi morta por leão rival
Uma cria do leão Cecil, morto a 1 de Julho pelo caçador desportivo e dentista norte-americano Walter Palmer, terá sido morta por um leão rival, uma hipótese que sempre foi colocada – e receada – pelos investigadores e cientistas que seguiam o animal há vários anos.
Segundo o Mail Online, uma das crias foi morta por um leão pretendente ao lugar deixado em vago por Cecil e que está a tentar copular com as fêmeas. “A lei natural na sociedade dos leões é que, quando o macho morre e a sua fraca coligação é usurpada, os novos leões macho matem os predecessores”, explicou ao Daily Mirror o investigador David McDonald, que seguia Cecil há anos.
Segundo uma fonte do Parque Nacional de Hwange, no Zimbabué, as outras crias correm também perigo de vida, uma vez que Jericho, irmão de Cecil e que poderia protegê-las, terá “abandonado” essa missão.
“Infelizmente, as crias são demasiado jovens para andar grandes distâncias. As fêmeas têm de ser tornar nómadas e estar sempre em fuga. As crias têm apenas 5% de probabilidades de sobreviver, é um desastre”, explicou um responsável do parque nacional ao jornal britânico.
Normalmente, quando um macho é morto, as crias são mortas pelo próximo leão na hierarquia, uma hipótese que foi imediatamente colocada assim que a morte de Cecil se tornou conhecida.
“Estou muito triste por tudo isto… observei várias vezes a magnificência e beleza deste leão. O que se fez foi ilegal e completamente censurável, mas espero que algo de bom surja para aumentar a notoriedade de conservação em todo o mundo”, concluiu David McDonald.