2010, um ano de catástrofes naturais e humanas



Já estamos num novo ano, mas ainda a tempo de fazer o balanço ambiental de 2010, um período que ficará para sempre marcado na história da humanidade como um dos mais catastróficos de sempre. Desde o terramoto no Haiti, ao derrame de petróleo no Golfo do México, o planeta sofreu várias ameaças ao longo dos últimos 12 meses.

2010 não poderia ter começado da pior maneira, quando, a 12 de Janeiro, um violento sismo história devastou o Haiti, um dos países mais pobres do mundo, provocando cerca de 300 mil mortos. Ainda hoje, naquele território, fazem-se sentir as consequências desta catástrofe, com muitas pessoas ainda aglomeradas em campos de refugiados, sem condições de salubridade, e uma epidemia de cólera que tem vindo a alastrar-se.

No Chile, pouco tempo depois, fez-se sentir um dos terramotos mais graves da história, seguido de abalos na Turquia, China, México, Afeganistão, Irão e Nova Zelândia, avança a edição do El Mundo. Entretanto, no Verão, a Rússia transformou-se numa fogueira, com vários incêndios a destruir a florestação e a ameaçar as casas, enquanto, ao mesmo tempo, o Paquistão vivia as piores inundações das últimas décadas.

Um acidente numa das plataformas da BP no Golfo do México provocou um dos mais graves derrames de que há memória nos EUA, tingindo as águas de negro durante meses, sem que fosse encontrada uma solução rápida para o problema. Os ecossistemas do rio Danúbio, por sua vez, foram ameaçados pelo derrame de um depósito com resíduos tóxicos, na Hungria, provocando uma maré vermelha e matando mesmo algumas pessoas.

A erupção de um vulcão na Islândia provocou o caos na Europa, uma vez que o tráfego aéreo não se fez durante alguns dias, trazendo milhões de prejuízos às companhias aéreas e às empresas em geral, que dependiam das viagens para realizarem os seus negócios. Dezembro voltou a trazer a incerteza aos aeroportos internacionais, com os nevões que se fizeram sentir na Europa e nos EUA a deixar milhões de passageiros sem conseguir vir passar o Natal a casa.

Entretanto, o Ano Internacional da Biodiversidade e a Conferência Ambiental de Cancun, sobre as Alterações Climáticas, não trouxeram muitos avanços. Os acordos para reduzir as emissões de CO2 foram modestos e não deve conseguir cumprir-se o objectivo de evitar que a temperatura global aumente, para impedir graves desastres naturais no futuro.

A NASA anunciou recentemente que 2010 foi um dos três anos mais quentes de sempre desde que são realizados registos, pondo fim à década mais quente da história.

Nunca é demais lembrar que o planeta Terra e, consequentemente, a sua população, continuam vulneráveis em 2011.





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