95% dos portugueses considera que a forma como a roupa é lavada tem impacto na durabilidade da mesma
O estudo The Truth about Laundry 2024 inquiriu nesta 4ª Edição cerca de 14 000 pessoas em catorze países europeus, onde se inclui Portugal. Este estudo é conduzido pela marca AEG e trata-se um componente de um programa de investigação científico de sete anos, centrado no prolongamento da vida útil da roupa.
De acordo com os dados de Portugal deste relatório, 95% dos portugueses considera que a forma como a sua roupa é lavada tem impacto na durabilidade da mesma. 76% concorda que as roupas geralmente se gastam muito depressa e 72% diz ainda que estarem gastas é uma das três principais razões para deixar de usar/desperdiçar peças de vestuário. A grande maioria dos inquiridos (90%) assume preocupar-se em cuidar bem das suas roupas, sendo que 94% se mostra bastante interessado em saber mais sobre como prolongar a vida útil das mesmas.
Dos dados apurados, 45% dos portugueses inquiridos assume que já encolheu uma ou mais peças de roupa na máquina de lavar, 87% assume que a cor de uma ou mais peças de vestuário desbotou devido à lavagem e 52% refere que já teve uma peça de roupa que saiu da máquina de lavar deformada. Cerca de metade dos inquiridos (49%) revela que o facto da temperatura da lavagem ser demasiado elevada foi a causa para as suas roupas terem encolhido, ficarem deformadas ou desbotadas.
Quando o tema são os tecidos ou materiais mais sensíveis, a lã continua a ser a mais referida (52%) seguida da seda com 42%. No entanto, 79% diz confiar na sua máquina de lavar roupa quando se trata de limpar tecidos delicados como estes. Sobre o valor das roupas, 55% considera que as roupas mais caras duram mais tempo e 62% diz não ter comprado roupa usada ou em segunda mão nos últimos 12 meses.
66% dos inquiridos concorda que um ciclo de lavagem mais curto a uma temperatura mais baixa (por exemplo, 30ºC) pode limpar a roupa tão eficazmente como um ciclo mais longo a uma temperatura mais alta (por exemplo, 40ºC). Quando a pergunta é o que mais contribui para o desgaste da roupa, 54% refere ser a qualidade do tecido, 47% aponta como fator a temperatura da lavagem e 47% indica a frequência da lavagem.
Para contrariar este desgaste, 58% dos portugueses está disposto a lavar a 30 graus ou mais frio e com mais frequência e 41% diz que não se importa de lavar a roupa menos vezes. 69% acredita que lavar a roupa a temperaturas mais baixas ajuda a fazer com que a roupa dure mais tempo.
49% assume que só às vezes ou raramente segue as instruções de lavagem da etiqueta de conservação quando lava a roupa. E quando se trata do manual de instruções que acompanha a máquina de lavar roupa, 54% assume que raramente ou nunca o consultou. 55% diz que normalmente mantém a duração predefinida na máquina quando escolhe um programa de lavagem embora saiba que esta pode ser alterada.
41% diz que a temperatura que mais usa quando lava a roupa é 30ºC, sendo que 37% diz que escolhe os 40ºC. 39% diz que o hábito é o que o impede de lavar a roupa a temperaturas mais baixas, como 30ºC ou menos e com mais frequência, mas 27% diz que não fica confiante de que removeria as nódoas a baixas temperaturas. 40% ficou satisfeito com o resultado da última vez que lavou a 30ºC ou menos.
A poupança de dinheiro continua a ser o fator que mais encoraja os portugueses a lavar a temperaturas mais baixas (49%), seguido de uma maior durabilidade da roupa (48%) e em terceiro lugar é o consumo de energia (46%). Quando o tema é sustentabilidade ambiental, 59% assume sentir-se frequentemente culpado pelo impacto que a lavagem da roupa tem no ambiente/planeta, e 87% refere que nos últimos 12 meses fez algum esforço para reduzir a quantidade de energia que utiliza em casa. Para 84% dos inquiridos a atual crise energética ajudou a uma maior reflexão sobre a energia que utiliza com os eletrodomésticos.
Pensando no próximo grande eletrodoméstico que vai comprar (por exemplo, máquina de lavar roupa, máquina de secar roupa, máquina de lavar louça, etc.), o fator que mais pode influenciar a compra é a eficiência energética (66%) seguido do custo (65%) e em terceiro lugar é o desempenho, nomeadamente as definições ecológicas (30%).
Segundo Ângela Pereira, Brand Manager da AEG, “Este estudo é bastante importante para percebermos a atenção que os consumidores dão hoje ao desempenho energético dos eletrodomésticos, mas permite-nos também saber quais os comportamentos que têm maior impacto ambiental na hora de tratar da roupa. No total dos 14 países a principal conclusão deste estudo foi que as roupas, incluindo calças de ganga e t-shirts, podem durar 50% mais tempo com lavagens mais suaves. É por isso muito importante, embora seja um enorme desafio, conseguirmos incentivar as pessoas a escolherem programas de lavagem mais suaves”.
Este estudo contemplou também a realização de extensos testes laboratoriais, nos quais foram testados diferentes métodos de lavagem em vários tecidos, selecionados para representar tipos de vestuário comuns, incluindo calças de ganga e t-shirts de algodão. A degradação da cor foi monitorizada regularmente e mais de 600 membros do painel determinaram o ponto em que as roupas seriam eliminadas.
O resultado é uma nova métrica, o AEG Care Index, uma nova metodologia que permite medir o impacto de diferentes tratamentos de lavagem na durabilidade das roupas. O AEG Care Index indica que a temperatura e a duração do ciclo influenciam significativamente a longevidade da roupa. Geralmente, as lavagens mais frias e mais curtas ajudam a prolongar a vida útil das peças de vestuário. Por exemplo, uma t-shirt de algodão lavada a 30°C durante 59 minutos durará mais 50% comparativamente a quando é lavada num ciclo normal de 40°C com uma duração de 120 minutos. O resultado foi semelhante para as calças de ganga.