Guru da agrofloresta orienta dois workshops em Mangualde, Viseu
Ernst Gotsch vai orientar dois workshops de agrofloresta que a Sítio, cooperativa dedicada ao desenvolvimento de economias locais, está a organizar em Mangualde, Viseu. Os workshops terão um carácter essencialmente prático e serão realizados na Quinta de Darei, que dispõe de 150ha de reserva ecológica junto ao rio Dão, assim como instalações de alojamento convertidas em turismo rural.
Para inscrições e mais informações consulte o site www.sitiocoop.com
Ernst Gotsch é um agricultor e pesquisador suíço que começou por trabalhar, nos anos 70, no melhoramento genético de plantas forrageiras. Esta pesquisa permitiu-lhe concluir que poderia obter melhores resultados na agricultura criando agro-ecossistemas. Estes promovem uma lógica de cooperação entre as várias espécies vegetais. Em 1982 fixou-se no Brasil, onde iniciou um projecto de recuperação de uma área de 500ha extremamente degradada. Desde 1993 que se tem dedicado ao ensino e transmissão dos seus métodos em todo o mundo.
A agrofloresta (ou floresta de alimentos) é um método agrícola que procura imitar a sucessão natural de espécies que ocorre nas florestas. Combina culturas alimentares com culturas florestais que não enriquecem apenas quem produz, mas todo o ecossistema.
A ideia é que o homem deixe de lutar contra a natureza, recorrendo a químicos e maquinaria pesada, passando a participar de forma harmoniosa nos processos naturais que têm sempre como objectivo o aumento da quantidade e qualidade de vida em todas as suas formas. É uma prática ideal para pequenos produtores e para soluções de auto-sustentabilidade.
“Nestes workshops orientados por Ernst vamos arregaçar as mangas e pôr as mãos na terra, vamos atrás do que funciona, do que gera recursos e vida. Não vamos falar de escassez, mas agir no caminho da abundância”, explicou a Sítio no comunicado enviado ao Green Savers.
A Sítio tem Tem como grande objectivo contribuir para a criação, organização e transmissão de soluções que contribuam para que os indivíduos e comunidades possam gerir, de forma resiliente, livre e abundante a realidade que habitam.