Salva a Terra, um festival deste planeta
Este é ano de Salva a Terra, o Eco Festival Bienal, que não se pode perder. A acção vai decorrer entre os dias 22 e 25 de Junho, em Salvaterra do Extremo, aldeia de um dos mais belos concelhos do país, Idanha-a-Nova, dentro do Parque Natural do Tejo Internacional.
Será já a quarta edição do festival, que tem a particularidade de ser 100% pro bono, ou seja, toda a organização, artistas, formadores, guias, e restante equipa trabalham de forma voluntária. O objectivo é que as receitas obtidas revertam efectivamente a favor do CERAS – Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens. A edição anterior, em 2015 permitiu angariar fundos para recuperar 400 animais.
Na presente edição, perto de 150 artistas abraçaram a causa. Podem ser encontrados ao longo dos quatro dias do evento, divididos pelos quatro palcos do recinto, mas também por peças de teatro, animações de rua e intervenções de artistas plásticos, como Bordalo II.
No festival as manhãs começam com actividades de yoga, concertos meditativos ou workshops e oficinas para as famílias. Da parte da tarde, para além dos concertos que já começam, haverá também lugar para actividades de observação de vida selvagem, construção de caixas de ninho e abrigos para fauna, construção de fornos solares, oficinas de tecelagem vegetal, cinema documental, conversas sobre temáticas ambientais, banhos ou garimpo no rio Erges. O CERAS irá ensinar-nos como proceder ao encontrar um animal ferido, e estarão também presentes outras entidades como é o caso do Grupo Lobo com o qual os mais novos poderão ser biólogos por um dia, ou a Associação Circuito Explosivo, Planeta Azul ou a Pano ou Palha.
É um festival de música, sim, mas também de sensibilização para a conservação da natureza com inúmeros cuidados com a pegada ecológica, como se pode ler no site do festival.
No que diz respeito aos resíduos e à energia, na cantina do festival existe uma ementa vegetariana com produtos produzidos local e regionalmente, dando naturalmente prioridade aos de produção em modo biológico; promovemos a redução do consumo de embalagens e a reciclagem de todos os resíduos da cantina (embalagens e resíduos orgânicos), apelamos à não utilização de plásticos e loiça descartável; promovemos o uso da caneca do festival e pratos reutilizáveis na cantina onde os detergentes são ecológicos; reutilizamos materiais de outros festivais, utilizamos iluminação eficiente nos parques de campismos (leds) e casas de banho secas (compostáveis) nos campismos.Quanto à mobilidade, fomentamos a partilha de boleia (grupo no Facebook) e uso de bicicleta para chegar ao Salva a Terra e a utilização de bicicletas pela organização durante o evento; após o festival, realizamos sempre a compensação das emissões e da pegada ecológica da organização, artistas, formadores, guias e restante equipa, através da plantação de árvores autóctones pelo projecto “Criar Bosques” da Quercus ANCN no Parque Natural do Tejo Internacional.
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