“Em Lisboa querem um parque [do Gerês] sem pessoas, só com animais”



Apesar do protesto das populações locais, o Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda Gerês vai continuar a excluir a possibilidade de instalação de aproveitamentos eléctricos, como aerogeradores ou mini-hídricas.

Segundo o Diário de Notícias, a notícia não deixou nada contente a população local. “Vamos fazer barulho para que seja possível [estas instalações] ou então que nos compensem de alguma forma. Mas em Lisboa o que se quer é um parque sem pessoas, só com animais. Neste momento, os animais menos protegidos somos nós, as pessoas”, explicou ao jornal o presidente da Junta de Freguesia do Soajo, Manuel Costa.

O responsável diz que este plano vai levar “os novos para longe” e acelerar a desertificação da região. “Chega o Inverno e a partir das 18h não se vê ninguém. É a desertificação total. Ficam só os animais”, explica.

Segundo o DN, o plano que vai regular o Parque da Peneda Gerês está concluído até ao final do ano. “Houve muitas sugestões, críticas, negativas e positivas, e agora, analisados esses contributos e a sua compatibilidade com a legislação comunitária, está-se a ultimar o documento”, revelou a Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro.

Ainda assim, o plano vai abolir a necessidade de qualquer intervenção ter o aval técnico de um arquitecto, assim como garantir o apoio à recuperação das antigas casas dos florestais, pontões e estradões. Só falta mesmo, para os responsáveis dos cinco concelhos que integram o Parque da Peneda Gerês, a possibilidade de receber as torres eólicas.





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