China: procura por marfim de elefante tem maior queda desde 2017
O comércio interno de marfim de elefante foi proibido na China em 2017, e segundo o mais recente estudo realizado pela World Wildlife Fund (WWF), em parceria com a GlobeScan, essa mudança trouxe resultados promissores.
O “Demand under the Ban – China Ivory Consumption Research 2020 ” revela que a procura pelo marfim teve uma redução de 43%, a maior queda desde 2017, e que a vontade de o comprar também diminuiu, reforçando a influência que a nova medida teve já nos primeiros anos de implementação. Como confirmam os dados, 88% dos participantes dizem saber da proibição do seu comércio no país.
O que motiva os inquiridos a deixar de comprar marfim é a preocupação com a possibilidade de extinção dos elefantes, e a crueldade animal. Por outro lado, o que motiva os compradores é o valor artístico do marfim e o facto de ser algo único. Este material é normalmente comprado para oferecer a alguém próximo, como presente, mas por vezes é também para uso próprio.
De acordo com o relatório, os viajantes internacionais regulares, que viajam para fora da China com mais frequência, continuam a ser o único grupo a ter aumentado sua taxa de compra de marfim em comparação aos níveis de 2017. Ainda assim, o número de viajantes que compraram marfim de elefante diminuiu em 2020.
As regiões onde mais compraram foram, a Tailândia (28%), o Cambodja (20%), e Hong Kong (20%). O que os levou a comprar em outros países foi o facto de ser ilegal na China (33%), mas também por outras razões (28%).
A WWF recomenda que se mantenham as campanhas de sensibilização acerca do tema, que se continue a reforçar o facto de ser ilegal para continuar a mudar mentalidades, e que se mostrem alternativas de materiais de luxo como o ouro, a prata e os diamantes, para que os “compradores obstinados” reduzam a sua atenção no marfim.