Produção hídrica da EDP cai 53% na Península Ibérica até setembro



A produção de eletricidade nas centrais hidroelétricas da EDP, na Península Ibérica, caiu 53%, nos primeiros nove meses do ano, devido à seca, embora, globalmente, a produção tenha aumentado 6% devido ao aumento das renováveis e da geração térmica.

Em comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sobre os resultados operacionais dos primeiros nove meses de 2022, a EDP informou que “a produção hídrica no mercado Ibérico caiu 53%, (3,3 terawatts-hora (TWh) abaixo do esperado), parcialmente compensada por um aumento da geração térmica Ibérica, que aumentou 80% ou 5,6 TWh face ao período homólogo”.

Pelo contrário, no Brasil, a melhoria da situação hídrica, naquele período, resultou numa geração a carvão perto de zero.

Ainda assim, a produção de eletricidade total aumentou 6%, face aos mesmos nove meses de 2021, “suportada pelo aumento global da geração renovável e pelo aumento da geração térmica no mercado Ibérico, no seguimento da seca na Península Ibérica e do aumento das exportações de energia para França”, apontou a elétrica.

Já a produção de energia eólica e solar aumentou 14%, sendo que a EDP adicionou 2,7 gigawatts (GW) de projetos renováveis no período de 12 meses terminado em setembro, dos quais 0,9 GW na Europa, 0.7 GW na região Ásia Pacifico, 0,6 GW na América do Norte e 0,6 GW no Brasil.

A capacidade instalada eólica e solar da EDP atingiu os 14,5 GW a setembro de 2022, um aumento líquido de 10%, ou de 1,3 GW face ao período homólogo.

No que diz respeito à atividade de comercialização, no mercado Ibérico, o volume de eletricidade vendido aumentou 9% face ao período homólogo, “refletindo principalmente o crescimento dos volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha”, apontou a empresa.

Porém, no que ao gás diz respeito, os volumes vendidos diminuíram 9% face ao período homólogo.

A eletricidade distribuída entre janeiro e setembro aumentou 2% em Portugal e no Brasil, com o número de pontos de ligação a subir 1% e 3%, face ao período homólogo, nas redes Ibéricas e no Brasil, respetivamente.





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