Países ricos cumprem ajuda climática a países em desenvolvimento mas com atraso



Os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) cumpriram em 2022, com dois anos de atraso, a meta anual de ajuda climática aos países pobres, superando os 100 mil milhões de dólares, informou a OCDE.

O recorde de ajuda para a adaptação climática dos países em desenvolvimento, de 115,9 mil milhões de dólares (cerca de 107 mil milhões de euros), representa um aumento de 30% face a 2021.

Em comunicado, a organização explica que este aumento anual é o maior desde que esta estatística é registada, mas salienta que o compromisso de atingir um nível de 100 mil milhões de dólares de ajuda chegou dois anos depois da previsão inicial (2020).

“Superar o compromisso anual em mais de 15% é uma conquista importante e simbólica que de alguma forma compensa o atraso de dois anos”, afirmou o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, citado no comunicado.

Os países ricos, os principais responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa, comprometeram-se em 2009, sob a égide da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), a aumentar para 100 mil milhões de dólares por ano a ajuda climática até 2020 e até 2025.

Estes fundos são utilizados para financiar a descarbonização da energia e dos transportes e ajudar os países pobres a garantir o abastecimento de água, especialmente para a agricultura, reflorestação e trabalhos de saneamento, a fim de se adaptarem às consequências de fenómenos climáticos extremos cada vez mais frequentes.





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