Ministra do Ambiente declara apoio à candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera
A ministra do Ambiente e Energia manifestou este domingo apoio à candidatura da Arrábida (distrito de Setúbal) a Reserva da Biosfera da UNESCO, considerando-a “um marco importante para a região e para o país”.
Maria da Graça Carvalho destacou o mérito da iniciativa da Associação de Municípios da Região de Setúbal, das câmaras de Setúbal, de Sesimbra e de Palmela e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Na declaração de apoio à candidatura assinada este domingo, a ministra do Ambiente e Energia lembra que o processo que deu origem à iniciativa iniciou-se em 2016, “foi muito participado e conta com o apoio da sociedade civil”.
Maria da Graça Carvalho sublinha que “a candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera é um marco importante para a região e para o país”. “Este reconhecimento internacional, fruto de um processo participativo que contou com a valiosa colaboração da sociedade civil, projetará a Arrábida a nível mundial, valorizando o seu rico património natural, paisagístico e cultural”, refere. A governante sinaliza ainda a Arrábida como um exemplo de como se pode “conciliar a conservação da natureza com o desenvolvimento sustentável”. “Este processo reconhece a importância da biodiversidade desta região e reforça o compromisso de Portugal com a proteção dos ecossistemas mediterrânicos”, conclui.
Este apoio da governante é divulgado, num comunicado do ministério enviado este domingo à agência Lusa, na data em que se assinala o Dia Mundial da Conservação da Natureza e também o Dia do Parque Natural da Arrábida.
No comunicado, o ministério realça que a ministra considera a proposta de candidatura coerente com os objetivos, orientações e recomendações do Programa Homem e Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A Arrábida, assinala, insere-se na Área Metropolitana de Lisboa, a cerca de 40 quilómetros da capital, e tem presentes atividades económicas como a pecuária, agricultura, vitivinicultura, pesca, produção de mel, produção de queijos e outras de enraizamento tradicional e regional. “Além de ser uma referência da biodiversidade — com ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos característicos da região biogeográfica mediterrânica — a área proposta também se destaca pelo facto de grande parte do território se encontrar abrangido por áreas protegidas e da Rede Natura 2000, o que reflete as preocupações com a conservação da natureza e da biodiversidade”, acrescenta.
A decisão final sobre a candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera, que, em junho passado, foi formalmente apresentada ao Comité Português para o Programa Homem e Biosfera da UNESCO, deverá ser conhecida em setembro de 2025.