Incêndios: Motociclistas plantam mil árvores autóctones em Vila Pouca de Aguiar
Motociclistas unem-se no dia 17 de novembro na aldeia de Zimão, em Vila Pouca de Aguiar, para reflorestar com mil árvores autóctones uma área que foi afetada por um grande incêndio em setembro, foi ontem anunciado.
“Vamos plantar mil árvores de espécies autóctones, entre carvalhos, castanheiros ou sobreiros. Queremos ajudar a repor o bosque da região de Vila Pouca de Aguiar que é fantástico e que foi dizimado nos últimos tempos”, afirmou à agência Lusa Ernesto Brochado, da Federação de Motociclismo de Portugal.
Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, foi atingida por quatro grandes incêndios que deflagraram a 16 de setembro em horas e locais diferentes do concelho e queimaram, até ao dia 19 de setembro, cerca de 10 mil hectares, provocando um prejuízo de cerca de quatro milhões de euros.
A aldeia de Zimão, na freguesia de Telões, foi uma das mais atingidas pelos fogos. Ardeu floresta, pastos e terrenos agrícolas, uma casa de habitação ficou destruída e um homem ficou desalojado.
A área a reflorestar nesta ação foi identificada pela Câmara de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.
Preocupados com os incêndios e o meio ambiente, os mototuristas unem-se no dia 17 de novembro em “prol da reflorestação sustentada de uma área extremamente afetada pelos devastadores incêndios”.
O desafio foi lançado pela Federação de Motociclismo de Portugal, promotora da iniciativa Portugal Lés-a-Lés e, segundo Ernesto Brochado, estas campanhas de reflorestação já acontecem desde os grandes incêndios de 2017.
“Já distribuímos várias dezenas de milhares de árvores, mas essencialmente fazemos campanha de sensibilização para as pessoas plantarem bosque autóctone”, referiu.
O Portugal de Lés-a-Lés é um evento anual mototurístico que leva os participantes a cruzar o país e inclui a campanha de sensibilização Reflorestar Portugal de Lés-a-Lés, no âmbito da qual são oferecidas aos alunos livros de banda desenhada explicativos das vantagens das espécies autóctones e são também plantadas árvores.
Agora, segundo a Federação, o desafio passa por ir até à região transmontana “para ajudar nesta tarefa de dar nova vida às áreas ardidas”.
A iniciativa conta com o apoio do Instituto da Conversação da Natureza e das Florestas (ICNF), que disponibilizou as árvores.