Israel supera escassez recorrendo a águas residuais



Actualmente, quase metade da irrigação de Israel provém da utilização de águas residuais, uma medida iniciada em 1995, por uma comunidade agrícola do sul do país. O objectivo foi arranjar alternativas à escassez de água, provocada pela exploração e saturação do mar da Galileia e dois aquíferos subterrâneos.

Na altura, o tratamento de águas era uma tecnologia ainda pouco conhecida e havia o receio de que o público rejeitasse a ideia de utilizar água “suja” para cultivar os alimentos. Hoje em dia, a reciclagem daquele recurso natural faz parte do quotidiano dos israelitas, tendo-se tornado uma política nacional.

No virar do século, avança o portal Ambiente Online, Israel ainda era o único país a reciclar água residual, numa altura em que a população estava a crescer e não havia água suficiente para a agricultura. Actualmente, 80% das águas residuais domésticas são recicladas, totalizando 400 milhões de metros cúbicos por ano, quatro vezes mais do que em qualquer outro país.

A água chega a ser reutilizada quatro vezes, de diversas formas, recorrendo a técnicas de purificação e reaproveitamento. As principais cidades de Israel possuem sistemas automatizados de irrigação para parques e jardins “gota-a-gota”, com economia de 50 a 60% da água proveniente dos sistemas de tratamento de efluentes.





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