Limpar Portugal: dois terços dos locais limpos em 2010 já estão sujos



A um dia da segunda edição do Limpar Portugal, a Associação Mãos à  Obra (AMO) Portugal revelou que dois terços dos locais limpos pelo movimento, em 2010, já estão sujos.

De acordo com Carlos Evaristo, porta-voz da AMO Portugal – fundada pela ex-organização do Limpar Portugal 2011 – as matas dos arredores das cidades de Lisboa, Porto e Coimbra são os pontos mais críticos.

“Infelizmente, [há uma] falta de civismo da população em geral”, revelou o responsável. Ainda assim, há um lado positivo: “um terço mantém-se limpo”.

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Ainda de acordo com o responsável, o Limpar Portugal vai continuar com acções de sensibilização e está a preparar, para o próximo ano, uma limpeza englobada numa acção da União Europeia.

Recorde-se que, amanhã e domingo, o Limpar Portugal vai levar milhares de voluntários para as ruas. Este ano, para além das acções de limpeza, muitas delas promovidas pelas próprias autarquias, os coordenadores regionais vão organizar actividades, exposições, caminhadas pelas ecovias para remover o lixo e almoços de convívio.

À Lusa, o porta-voz do Limpar Portugal deu o exemplo de várias lixeiras que foram limpas em Guimarei, Santo Tirso, e que agora estão cheias de sofás, tintas, cadeirinhas de bebé, restos de candeeiros públicos, material diversificado de automóveis, entulho ou restos de borracha.

“Este foi um local que o Limpar Portugal limpou e neste momento está outra vez totalmente sujo”, explicou Carlos Evaristo, que disse que o entulho deverá ter sido abandonado por “empreiteiros clandestinos, que não o depositam onde deveriam por não estarem legais”.

De acordo com o responsável, a AMO Portugal opta agora por realizar campanhas de sensibilização para mostrar à população imagens do antes e depois da operação Limpar Portugal.

“Vamos mostrar estas imagens do que se passa um pouco por todo o País. Já não podemos ter palavras meigas, temos que chocar, mesmo visualmente, as pessoas”, explicou.

“Estamos ao lado de uma estrada nacional e estas coisas acontecem, quer a olhos vistos como em locais mais escondidos de fácil acesso”, concluiu Carlos Evaristo.





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