Agência Espacial Portuguesa termina ciclo de conferências sobre Observação da Terra em Faro

Faro será a última paragem do ciclo de conferências da Agência Espacial Portuguesa dedicada à “Observação da Terra para os Municípios”, uma iniciativa que, ao longo de quase dois anos, percorreu o país para explicar como os dados de satélite podem ajudar a uma melhor, mais eficiente e mais sustentável gestão dos territórios.
O evento está marcado para o dia 27 de março no Campus da Penha da Universidade do Algarve (UAlg), em Faro, e conta com a cooperação do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) e da rede de investigação aquática ARNET. Nesta última conferência, as sessões dedicadas às zonas costeiras e ambiente marinho terão particular destaque.
“Estes eventos têm tido como objetivo a divulgação geral das ferramentas de observação da Terra para benefício dos territórios, mas em todos os locais procuramos personalizar os tópicos de debate para a região em que nos encontramos. Por isso, no Algarve, a agenda terá uma ênfase maior nas questões e problemas relacionados com os recursos hídricos, e gestão das zonas costeiras, com exemplos de aplicação práticos”, explica Carolina Sá, gestora dos programas de Observação da Terra na Agência Espacial Portuguesa.
“A realização do evento ‘Observação da Terra para os Municípios’ na UAlg reforça o compromisso da instituição com a inovação tecnológica e o desenvolvimento sustentável da região”, aponta Sara Raposo, diretora do CIMA, que se destaca a aplicação a importância das ferramentas de observação da Terra para compreender e mitigar os impactos das atividades humanas nos ecossistemas costeiros e marinhos.
“Esta abordagem permite que os municípios tomem decisões mais informadas e sustentáveis na gestão do território e dos recursos naturais, em linha com a missão da UAlg de valorização e desenvolvimento sustentável do Algarve”, acrescenta a responsável.
A Agência Espacial Portuguesa irá ainda reforçar a divulgação do InCubed para os Municípios, concurso lançado pela Agência Espacial Portuguesa que procura projetos inovadores que, através de tecnologias de Observação da Terra, ajudem a modernizar as cidades portuguesas. As candidaturas estão abertas até ao dia 2 de junho.
Em Faro, o evento procurará ainda estimular a cooperação entre atores da academia, indústria e administração pública locais no sentido do desenvolvimento de soluções inovadoras. Por isso, o CoLAB +ATLANTIC juntar-se-á novamente à Agência na dinamização de um momento de networking que incentiva a troca de impressões e conhecimento entre participantes.
Olhando para os quase dois anos de “Observação da Terra para os Municípios”, Carolina Sá realça um “impacto positivo” junto dos atores locais de cada região.
“Iniciámos este percurso na região Norte no final de 2023. Ao longo deste último ano, observou-se que existe interesse por parte da indústria, academia e administração pública em utilizar as ferramentas de observação da Terra para benefício dos seus territórios. Tivemos uma boa adesão em todos os eventos, que nos permitiram perceber as necessidades a nível local”, afirma, citada em comunicado.
A Agência Espacial Portuguesa espera agora apoiar a implementação destas tecnologias nos municípios através do concurso lançado na sequência deste roteiro.
O ciclo de conferências promovido pela Agência Espacial Portuguesa passou, até agora, por cinco localidades: Guimarães (Região Norte); Pampilhosa da Serra (Região Centro); Funchal (Madeira); Angra do Heroísmo (Açores); Évora (Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo). No total, contaram-se perto de 400 participantes, além do envolvimento de mais de uma dezena de entidades parceiras, entre instituições do ensino superior, laboratórios de investigação, entidades municipais, intermunicipais e da administração local.