Cinco concelhos com menos desperdício de água são geridos pela INDAQUA



225 milhões de m3 de água são perdidos anualmente em Portugal, representando 26,9% do total que entra nas redes de abastecimento. Os dados revelados pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) mostram que os concelhos com melhores resultados são: Matosinhos e Vila do Conde com 9,1%; Barcelos com 9,5% e Santo Tirso e Trofa com 10,4%, todos geridos por empresas do Grupo INDAQUA, revela esta empresa em comunicado.

Segundo a mesma fonte, os dados relativos a 2023 são agora divulgados publicamente pela ERSAR. O relatório “Caraterização do setor de águas e resíduos” repete um cenário praticamente inalterado, há mais de uma década, ao dar conta de uma média de desperdícios na rede próxima dos 30%.

Medidas pelo indicador “Água Não Faturada”, estas ineficiências são geradas por fugas, avarias ou roturas na rede, conhecidas por “perdas reais”, que representam cerca de dois terços de todo o desperdício. Juntam-se ainda as “perdas comerciais”, causadas por desvios de água ou má medição, gerada, entre outros, por parques de contadores obsoletos.

A média nacional de 26,9% tem por base os resultados reportados por 201 entidades gestoras, identificando-se ainda, no relatório, outras 17 que não apresentam dados.

Para que o volume de perdas seja considerado “bom” pelo regulador, não deve ultrapassar os 20%. Contudo, há 165 entidades em que isso se verifica, com o maior volume de perdas, a nível nacional, a chegar aos 84,8%.

“Identificamos dois fatores principais para o nível de eficiência da INDAQUA: tecnologia e fator humano. Ou seja, por um lado, temos um controlo permanente das redes, feito com recurso a tecnologia de sensorização e análise de dados com uso de inteligência artificial, que nos permite identificar rapidamente roturas e outras alterações no abastecimento. Por outro lado, temos uma equipa altamente especializada e experiente, na área de eficiência, e ainda, a nível operacional, uma rápida capacidade de resposta para reparação de constrangimentos na rede”, explica Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA.

“Cada vez teremos menos recursos hídricos disponíveis e, por isso, é essencial aumentar a eficiência com que os gerimos. Reduzir perdas na rede tem de ser uma prioridade, a nível nacional, pois permite mitigar desperdícios, no curto prazo, com menos impacto ambiental e com custos muito mais reduzidos, quando comparados com soluções frequentemente apontadas como imprescindíveis, concretamente, a dessalinização e a construção de novas barragens”, acrescenta Pedro Perdigão.

Em 2024, a média de água não faturada nos nove concelhos com gestão por concessões municipais do Grupo INDAQUA (Santo Tirso, Trofa, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Vila do Conde, Oliveira de Azeméis, Barcelos, Paços de Ferreira e Marco de Canaveses) fixou-se nos 11%, tendo seis desses nove alcançado mínimos históricos.

A experiência e resultados, na área da eficiência, levaram o Grupo INDAQUA a apostar num modelo contratual de eficiência hídrica, que tem vindo a crescer no mercado nacional, no qual se remunera o operador privado em função do desempenho. Ou seja, a entidade contratante remunera o know-how e o investimento que o parceiro privado aporta ao projeto a partir das poupanças económicas que consegue com a redução das perdas.





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