HortaFCUL, um pulmão dentro da cidade de Lisboa



A história da HortaFCUL começa com um grupo de estudantes de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) no outono de 2009, que queria sensibilizar a comunidade universitária para práticas de permacultura inovadoras que pudessem responder a alguns dos maiores desafios que enfrentamos, como a segurança e soberania alimentares, a degradação dos ecossistemas e as alterações climáticas. “Nasceu, portanto, de uma frustração pela ausência de espaços naturais e de aplicação prática onde se manifestassem as aprendizagens adquiridas sobretudo em cadeiras de Biologia Ambiental e, simultaneamente, de uma vontade enorme de mostrar que é possível transformar estes espaços partindo de uma iniciativa comunitária”, conta à Green Savers António Vaz Pato, biólogo formado na FCUL e um dos “guardiões” da horta.

Inicialmente foi enviada uma carta aos membros da Direção da faculdade que, contrariamente às expectativas dos promotores, sem demoras permitiram a utilização de um relvado junto ao edifício C2 (edifício de Biologia) para criar uma horta e um jardim comestível. “Talvez a expectativa da Direção com esta prontidão fosse mostrar que este tipo de iniciativas, encorajadas por estudantes sem ‘noção de compromisso e responsabilidade’, não dura o tempo de um fósforo aceso”, confidencia. No entanto, “a verdade é que o projeto está bem e de saúde passados 15 anos, provando aos céticos que, apesar das contrariedades, não é utópico fazer nascer projetos desta índole”, afirma.

De facto, depois de todos estes anos, a horta permanece viva graças aos seus “guardiões” que nos acompanharam na visita por este jardim comunitário. Perto do lugar onde tudo começou, Tiago Silva, biólogo e um dos membros fundadores da HortaFCUL, conta-nos que tudo surgiu “com uma conversa, porque uns anos antes tínhamos iniciado o projeto de uma horta aqui bastante perto da faculdade, nas traseiras da casa de um colega. E desse projeto pensámos ‘porque é que não fazemos algo aqui?’, porque a faculdade estava repleta de relva, que é um deserto verde, quase uma monocultura e que consome bastante água. E, portanto, não fazia sentido”.

Horta do C2, o berço do projeto

Assim, a Horta do C2 foi o primeiro espaço criado e é considerada o berço e referência do projeto. Foi criada em 2009, mas ao longo do tempo tem sofrido sucessivas remodelações e expansões, acompanhando o ritmo de desenvolvimento do projeto. Possui um pequeno lago, construído em 2010, que confere diversidade, permitindo albergar espécies vegetais mais dependentes de água e espécies aquáticas.

Em 2013, recebeu uma bioconstrução em canas, elevando assim a sua vertente estética, criando um espaço de lazer abrigado e possibilitando o crescimento de espécies trepadoras, como é o caso dos kiwis. Mais tarde, em 2018, refez-se o abrigo com uma solução mais duradoura.

Em 2015, no Ano Internacional dos Solos, a Horta passou a conferir uma componente artística ao projeto, com a criação de um mural didático feito em graffiti que representa a História do planeta e da vida na Terra.

Depois de criada uma diversidade de elementos, o desenvolvimento do ecossistema “tem sido natural e é hoje uma agrofloresta multifuncional onde os vários extratos vegetais estão em contínuo desenvolvimento, um espaço com cerca de 150m2 de baixa manutenção e de carácter permanente”, explica Tiago Silva, que revela que atualmente a hortinha conta com 61 espécies diferentes de plantas perenes.

A HortaFCUL nasceu de uma frustração pela ausência de espaços naturais e de aplicação prática onde se manifestassem as aprendizagens adquiridas sobretudo em cadeiras de Biologia Ambiental e, simultaneamente, de uma vontade enorme de mostrar que é possível transformar estes espaços partindo de uma iniciativa comunitária António Vaz Pato, biólogo formado na FCUL e um dos “guardiões” da horta.

Os “guardiões” da HortaFCUL têm vindo a expandir a sua área de intervenção e a contribuir, direta e indiretamente, para vários espaços do campus da FCUL. Depois da Horta do C2, surgiu a PermaLab, em 2016, a FCULresta, em 2021, as Bioilhas, em 2023, e a Horta Solar também no ano passado, que, segundo António Vaz Pato, é o espaço-apêndice sem envolvimento direto dos “guardiões”.

FCULresta e Bioilhas

Mesmo ao lado da Horta do C2, encontramos a FCULresta, uma minifloresta densa, biodiversa e multifuncional, em pleno centro da cidade. Pretende ser uma referência prática para uma abordagem transdisciplinar com uma profunda mobilização da sociedade para a ação climática, promoção da biodiversidade urbana e outros Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da FCULe sua cidade Capital Verde Europeia 2020.

Para além do apoio institucional e da sua vertente prática, a FCULresta procura ter uma forte componente científica para aprofundar o conhecimento da função destes espaços naturalizados em contexto urbano.

Mais à frente, Tiago Silva mostra-nos uma das Bioilhas da Faculdade e explica-nos que estas propõem a conversão de áreas verdes tradicionais em ecossistemas biodiversos, abertos ao uso livre pela comunidade envolvente. “Ao invés de um espaço amplo, estéril e exposto, como é o caso dos relvados, as Bioilhas criam espaços de clareira rodeados por vegetação densa, criando um ambiente mais convidativo, tranquilo e confortável para o campus da FCUL”, aponta. O seu epíteto ‘Salas de aula biodiversas’ surge da necessidade de aumentar a oferta de espaços que sirvam o ensino ao ar livre, mais vocacionado para a prática das Ciências Biológicas. Sendo zonas de intervenção lenta e gradual, as Bioilhas têm como propósito a co-criação do ecossistema pelas partes envolvidas no projeto. Mais ainda, “constituem uma oportunidade de os alunos sentirem que são parte da construção e evolução do campus, fomentando o sentido de responsabilidade pelos espaços que frequentam”, conta Tiago.

Permalab, um laboratório de permacultura

Seguindo caminho, e já muito perto do Campo Grande, encontramos o Permalab, um laboratório de permacultura com estufa, horta e centro de compostagem, onde podemos também ver baloiços feitos de pneus. Trata-se de uma zona que convida à implementação de projetos propostos pela permacultura e sua monitorização com metodologias científicas.

Na zona dos compostores, arrumos e hortícolas, Florian Ulm, outro “guardião”, fala-nos sobre a forma como procedem à compostagem dos resíduos orgânicos. Na verdade, segundo o relatório Living the sustainable development, de 2016, a HortaFCUL foi pioneira num primeiro ensaio de compostagem comunitária em Portugal, e já produziu quase 48 toneladas de composto orgânico, sequestrando carbono equivalente a 1,5 vezes a pegada de carbono anual de um cidadão português. Um composto que foi investido na produção de alimentos e na propagação de plantas, sendo uma parte considerável também doada à comunidade.

Modelo de organização sociocrático

O projeto HortaFCUL é coordenado e gerido por uma equipa de voluntários, conhecidos como “guardiões” da Horta. Estes representam o primeiro círculo de pessoas, responsáveis pelo projeto, pela sua manutenção e desenvolvimento, através de tomadas de decisão e planificação das atividades.

Existe também um segundo círculo de pessoas que colaboram e ajudam em atividades pontuais do projeto, aos quais chamam “Amigos da Horta”.

O terceiro círculo de pessoas são as que participam nos seus eventos e workshops, partilhando o gosto e interesse pela permacultura.

A HortaFCUL foi pioneira num primeiro ensaio de compostagem comunitária em Portugal, e já produziu quase 48 toneladas de composto orgânico, sequestrando carbono equivalente a 1,5 vezes a pegada de carbono anual de um cidadão português. Um composto que foi investido na produção de alimentos e na propagação de plantas, sendo uma parte considerável também doada à comunidade

António Vaz Pato explica que a inclusão de novos membros na HortaFCUL “depende de um modelo organizacional que segue os princípios da sociocracia”. Por outras palavras, a sociocracia “sugere um modelo de governança auto-organizado, caracterizado pela ausência de hierarquias na tomada de decisões”. Esta abordagem alternativa, acrescenta, “implica pensamento crítico e diálogo para ultrapassar conflitos, bem como pragmatismo (as pequenas decisões quotidianas devem ser tomadas independentemente da ausência de um membro da comunidade) e confiança (a comunidade confiará no trabalho de cada membro para realizar as suas tarefas)”.

Num projeto de base voluntária como a HortaFCUL, a inclusão de um membro “não depende de um processo de decisão complexo entre os membros, mas sim da participação ativa e do empenho de cada um no projeto”, sublinha o biólogo. Assim, cada guardião partilha uma parte da responsabilidade coletiva de manter o projeto ativo e funcional. “Isto é possível graças a um sistema que confia a cada pessoa a tarefa de proteger e facilitar uma dimensão ou um processo específico do projeto, de modo a manter os restantes guardiões conscientes das diferentes necessidades relativas a este último”, sublinha.

Por exemplo, continua, os membros “podem assumir o papel de guardiões da comunicação, da horta, da tesouraria ou mesmo do viveiro de plantas, consoante as suas competências e interesses, e comprometem-se a informar o grupo de qualquer desenvolvimento, acontecimento ou desafio relativo a essa secção do projeto”.

5 A’s  

António Vaz Pato revela ainda que são várias as ferramentas aplicadas em sistemas de sociocracia, das quais a abordagem dragon dreaming de John Croft e as reuniões dos 5 A’s “são as mais relevantes no contexto da HortaFCUL”. Em poucas palavras, explica, a primeira estabelece a divisão do processo de criação coletiva em quatro fases: (1) sonhar (recolha de informação, motivação, energia), (2) planear (conceção da estratégia, triagem de soluções), (3) executar (implementação, monitorização do progresso) e (4) celebrar (consolidação do conhecimento, reflexão coletiva, valorização do feito). “Uma vez que duas destas fases são sumidouros de energia (planear e executar) e as outras duas são fontes de energia (sonhar e celebrar), Croft sugere que devemos investir igualmente o nosso tempo nas quatro fases. Para que um novo ciclo se inicie, o grupo deve experimentar as quatro etapas do processo”, afirma.

Quanto aos 5 A’s, trata-se, segundo o biólogo, de uma ferramenta que sublinha a necessidade de promover reuniões eficazes e produtivas entre os membros, atribuindo 5 funções rotativas: o Almirante, (facilitador da reunião, certifica-se de que todos os tópicos são abordados e atribui tempos de conversação justos aos participantes da reunião), o Atado (regista todas as informações importantes discutidas na reunião e será o Almirante na reunião seguinte), o Acolhedor, (certifica-se de que as pessoas que chegam atrasadas são bem informadas sem perturbar a reunião), o Alcoviteiro (analisa os conflitos, desafios e interações sociais durante a reunião, dá feedback sem comentários ao grupo e/ou aos indivíduos no final da reunião) e o Acertado (garante que o Almirante e todo o grupo são responsáveis pelo tempo disponível).

Além disso, as reuniões com este modelo “exigem pragmatismo, confiança e participação consciente para garantir que a reunião produza decisões claras e objetivas num curto espaço de tempo”.

Objetivos e a importância da regeneração dos solos

Segundo António Vaz Pato, o principal objetivo da HortaFCUL é “ser um centro catalisador e promotor de boas práticas de sustentabilidade em áreas urbanas, contagiando novos projetos a tomar a sua própria iniciativa”. Este projeto, aponta, “desenvolveu um papel importante, dentro e fora do campus, como gerador e catalisador de sólidos conhecimentos práticos e técnicos baseados na experimentação e na evidência científicas”.

Ao longo dos seus anos de existência, a HortaFCUL “tornou-se uma comunidade resiliente, sustentável e inclusiva, permitindo ao público em geral, independentemente da sua área de especialização ou grau de formação, aprender mais sobre soluções baseadas na natureza – ou seja, abordagens que procuram resolver desafios humanos imitando processos e dinâmicas naturais”, assegura.

Os solos são a matriz que suporta a vida e os da cidade estão geralmente erodidos e poluídos. Por isso, quando se trata de jardinagem urbana, a regeneração do solo é um dos desafios. Porquê? Porque “sem solos saudáveis não é possível, por um lado, produzir alimentos e sustentar a população humana, e, por outro, garantir que as metas de adaptação às alterações climáticas são cumpridas”, responde o guardião.

O biólogo reconhece que as opiniões se dividem quanto à dificuldade de regenerar solos e sabe que essa dificuldade depende do contexto de cada região ou clima. “Em áreas urbanas, as fontes de perturbação são imensas (poluição, movimentação de terras, alteração da paisagem…), o que coloca inúmeros desafios à regeneração do solo”, afirma. No entanto, acrescenta, a abundância de recursos gerados nas cidades (geralmente chamados de resíduos), podem fazer parte dessa solução, deixando de ser um problema. “Se pensarmos na quantidade de resíduos orgânicos produzidos numa cidade que poderão dar origem a composto de qualidade (composto este essencial para a remediação dos solos), vemos o enorme potencial que as áreas urbanas podem ter enquanto exportadoras de recursos vitais para restaurar, sobretudo, ecossistemas agrícolas e seminaturais”, como parques e jardins urbanos, sublinha.

Jardinar para a biodiversidade

A jardinagem também ajuda a potenciar e a conservar a biodiversidade. Como? “Com muita diversidade e muita densidade de plantas, que trarão inevitavelmente maior diversidade a nível de insetos, aves, bactérias, fungos, mamíferos, macroinvertebrados e tantos outros grupos de seres vivos”, responde. Esta é, segundo António, a “chave para termos um ecossistema dinâmico, plurifuncional e complexo, tal como observamos na Natureza”, onde, continua, “vemos esta teia intricada de relações entre espécies que traz essa estabilidade tão importante para a resiliência de um ecossistema”.

O biólogo salienta que, na HortaFCUL, tentam mimetizar estes padrões que encontram nas áreas naturais. E sobretudo sem preconceitos ou ideias pré-concebidas sobre o que é biodiversidade. Na HortaFCUL “mostramos todos os dias o papel essencial que muitas espécies vegetais exóticas podem ter em ecossistemas urbanos enquanto promotoras de biodiversidade, por exemplo”, afirma. As áreas urbanas “são zonas fantásticas para experimentar novas soluções na temática dos Novos Ecossistemas (ecossistemas que surgem já da interação do ser humano com a paisagem)”, adianta.

Para António Vaz Pato, também é importante considerar a antropodiversidade (diversidade humana) num projeto como este. Jardinar para a diversidade “é uma ferramenta de criação de comunidades heterogéneas e multifuncionais com inputs diferentes das pessoas que a constituem. Em projetos comunitários, esta dimensão é especialmente relevante”, conclui.

15 anos de um projeto liderado pela comunidade

Os resultados deste jardinar para a biodiversidade estão espelhados no relatório Living the sustainable development: a university permaculture project as an ecosystem service Provider, que resume estes 15 anos de existência. António Vaz Pato destaca 4 áreas em que a HortaFCUL tem tido um papel “crucial” no seio da sua comunidade.

Em primeiro lugar, a promoção da biodiversidade. “Se olharmos apenas para as plantas – a flora do ecossistema – descobrimos que os espaços da HortaFCUL têm, ao todo, mais de uma centena de espécies de ciclo de vida perene numa área que corresponde sensivelmente a 4% da área total do campus, enquanto nos restantes espaços verdes da FCUL (26% da superfície do campus), foram identificadas perto de 90 espécies perenes”.

Depois, num tempo em que os efeitos das ondas de calor são sentidos com crescente intensidade em cidades como Lisboa, a oferta de espaços frescos na cidade “é essencial para o conforto e a saúde da população”. No espaço do campus da Faculdade de Ciências, “medimos a evolução da cobertura arbórea das áreas verdes e observámos que os espaços da HortaFCUL ofereciam até 3 vezes mais cobertura arbórea que os outros relvados convencionais da faculdade”, conta.

O biólogo remete ainda para a compostagem, já aqui referida, mas diz que, “mais importante do que isto tudo, é a ação social que projetos desta índole promovem junto da sua comunidade”. Desde o início da HortaFCUL, 74 voluntários fizeram parte como membros ativos do projeto. Foram contabilizados mais de 440 eventos (um evento a cada 11 dias) e os dias de trabalhos estimam-se terem sido pelo menos 450 (1.800 horas de trabalho voluntário). Os eventos mais representativos – workshops, visitas guiadas e conversas – totalizaram 225 ocorrências em 13 anos, com uma média de 24 participantes por evento (5.353 participantes no total). Relativamente a parcerias e apoios diretos a outros projetos, houve 87 ocasiões documentadas (em média, 6 por ano).

Para o biólogo, o mais importante do projeto “é ser de tal forma eclético e holístico que consegue dar uma resposta a todos os níveis dos serviços do ecossistema (suporte, regulação, aprovisionamento e sociais) e a uma grande fração dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”.

E em termos práticos, isso significa, pelo caudal abundante de relações e parcerias que o projeto foi criando, uma “grande capacidade mobilizadora” junto de projetos que foram nascendo ao longo destes últimos 15 anos. “Esse para mim é o grande impacto regenerativo e transformador da HortaFCUL, pois sabemos que o que fazemos a nível local tem uma grande importância, mas se formos analisar a nível global, o impacto é irrisório. Agora, se somarmos à HortaFCUL outra centena de projetos, o impacto começa a ser mais expressivo a nível global”, conclui.

 

Quais os ciclos da horta?

Na Horta, gostamos de dizer que “fechamos ciclos” no sentido de promover a circularidade que existe na Natureza, ao invés do modelo linear e descartável preponderante na economia atual. E quando falamos em ciclos, falamos em processos que vão desde a biogeoquímica (ciclos da água e ou dos gases/elementos) à própria natureza humana (ciclos sociais). Aqui ficam os ciclos mais expressivos da Horta: 

 – Ciclo do conhecimento: as atividades identificadas com este ciclo estão de alguma forma relacionadas com a produção de conhecimento, práticas de sensibilização ecológica e educação. Este ciclo inclui resultados como artigos, workshops e palestras com o objetivo específico de capacitar a comunidade em termos de informação e sensibilização científica e de conhecimentos práticos.

 – Ciclo social: atividades especificamente associadas à celebração, ao convívio e ao envolvimento comunitário. Neste ciclo, os maiores contribuintes são as festas ou os encontros comunitários.

 – Ciclo de produção: Este ciclo está ligado principalmente à produção de alimentos, à produção de biomassa e à propagação de plantas

 – Ciclo orgânico: Qualquer atividade relacionada com a utilização e gestão da biomassa está integrada neste ciclo. Um exemplo seria a produção de composto.  

 – Ciclo dos materiais: Este ciclo inclui os processos de reciclagem de resíduos e materiais que, de outra forma, seriam eliminados, bem como as actividades que reutilizam materiais para atingir um determinado objetivo (principalmente na construção).

– Ciclo hidrológico: Qualquer atividade relacionada com a gestão da água (armazenamento, distribuição, utilização sustentável dos recursos hídricos) é considerada neste ciclo.

 – Ciclo ecológico: Todos os resultados que visam melhorar os indicadores ecológicos e a função dos ecossistemas através da disponibilização de habitats estão incluídos neste ciclo. As atividades agroflorestais estão integradas neste ciclo, bem como a criação de novos canteiros de vegetação perene, ou seja, novos ecossistemas e habitats à microescala.

António Vaz Pato

*Reportagem originalmente publicada na revista de junho de 2024

 

 

 

 

 





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