Ilha do Príncipe recebe 3.º encontro da Rede de Reservas da Biosfera da CPLP
A Rede de Reservas da Biosfera da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (Rede CPLP) estará reunida entre esta segunda-feira e dia 27 de fevereiro, na Ilha do Príncipe.
Em comunicado, a organização informa que este terceiro encontro da rede temática lusófona do Programa Homem e Biosfera (MaB), da UNESCO, aprovada em julho passado, tem como principais objetivos refletir sobre o papel da Rede CPLP na promoção da conservação da biodiversidade e do turismo e sustentabilidade, partilhar boas-práticas entre os membros da rede e apresentar os resultados das iniciativas-piloto nas Reservas da Biosfera na CPLP, e discutir sobre iniciativas futuras da Rede CPLP MaB e das Reservas da Biosfera que a compõem.
No dia 25, terça-feira, será realizada uma sessão aberta ao público, que contará com a intervenção do Primeiro-ministro são-tomense, Américo d’Oliveira dos Ramos, e também de várias autoridades locais, especialistas e representantes das Reservas da Biosfera na CPLP “para fortalecer a articulação em rede e a cooperação para a promoção do desenvolvimento sustentável nestes territórios”, avança, os organizadores.
Para os restantes dias do encontro da Rede CPLP estão programadas diversas reuniões técnicas e ainda uma visita das delegações à Reserva da Biosfera da Ilha do Príncipe, para, segundo o Presidente do Governo da Região Autónoma do Príncipe, Filipe Nascimento, citado em nota, dar a conhecer “projetos locais de conservação e boas práticas do nosso território, destacando o Mangal de Abade, Projeto Pro-Tetuga e Projeto de Valorização de Resíduos”.
Embora a Rede CPLP tenha sido reconhecida como rede temática do programa MaB só no ano passado, o trabalho começou em 2022, contando, desde o início, com o apoio do Fundo Especial da CPLP e com o secretariado técnico da organização não-governamental portuguesa para o Desenvolvimento ACTUAR, que permitiram a criação, a implementação e o desenvolvimento da rede.
A rede conta com 24 Reservas da Biosfera da UNESCO espalhadas entre o Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São-Tomé e Príncipe, e resulta de um processo de diálogo e articulação ao longo dos últimos anos. Esta rede abrange cerca de 196 milhões de hectares e beneficia diretamente mais de 104 milhões de pessoas nestes territórios.
A importância da CPLP MaB foi recentemente enfatizada durante a X Reunião dos Ministros do Ambiente da CPLP, realizada em São Tomé e Príncipe em 18 de fevereiro de 2025, onde se destacou a necessidade de consolidar a rede e estendê-la com novos territórios classificados, particularmente em Angola, Guiné Equatorial e Timor-Leste.