Japão está a transformar campos de golfe abandonados em centrais solares



No final dos anos 80, os clubes de golfe japoneses foram inundados com propostas de novos sócios – algumas anualidades chegaram aos milhões de euros. Pouco depois, o boom do imobiliário financiou a construção de centenas de campos nos anos 90 e 2000 – demasiados, sabe-se agora –, o que levou a que, hoje, muitos deles estejam abandonados.

Quando o pós-Fukushima obrigou o país a investir nas energias renováveis – incluindo centrais solares flutuantes – o Japão viu nestes campos de golfe abandonados um excelente local para instalar novas centrais solares.

Na semana passada, a Kyocera anunciou a construção de uma central solar num antigo campo de golfe em Kyoto. A central começará a produzir energia em Setembro de 2017 e vai gerar electricidade suficiente para alimentar 8.100 casas da região.

Em Maio último, por outro lado, a empresa tinha já anunciado um projecto mais vasto, a construir no próximo ano, em Kagoshima, que terá 340.000 módulos solares e gerará energia para mais de 30.500 casas. O projecto, que estará operacional em 2018, vai reabilitar um campo de golfe construído há 30 anos.

A ideia japonesa já tem repercussões noutros países. Os operadores de golfe norte-americanos estão a passar por um período de maior desinteresse dos cidadãos pela modalidade, e têm reagido com códigos de vestuário mais liberais, programas para a família e mensalidades mais pequenas.

Porém, tal como no Japão, alguns campos de golfe estão condenados ao abandono. Dois deles, em Nova Iorque e no Minnesota, serão em breve transformados em centrais solares, avança o Quartz.





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