O amanhã do planeta passa pela promoção da circularidade



A promoção da circularidade é um dos pilares fundamentais da estratégia de sustentabilidade da MC. Neste Âmbito, identificam três dimensões: as embalagens dos produtos, o desperdício alimentar e os resíduos gerados na operação.

A MC acredita que o amanhã do planeta também passa pela promoção da circularidade, uma dimensão cada vez mais visível nas suas operações, através da qual reduzem/ evitam a produção de resíduos, potenciando a recolha e a reintegração de materiais no final do seu ciclo de vida, para reutilização ou reciclagem. Desta forma, a gestão de resíduos abrange não só os resíduos produzidos no âmbito da sua atividade, como os depositados pelos clientes.

“Como retalhista alimentar, identificamos três dimensões que consideramos particularmente relevantes neste âmbito: as embalagens dos nossos produtos, o desperdício alimentar e os resíduos gerados na nossa operação. As embalagens desempenham um papel fundamental no desenvolvimento dos nossos produtos, uma vez que afetam aspetos tão variados como o seu transporte, armazenamento e conservação, tendo um impacto direto na qualidade e na validade dos mesmos”, sublinha Mariana Pereira da Silva, Diretora de Sustentabilidade da MC.

A responsável explica que, “apesar da importância das embalagens, estamos igualmente conscientes do impacto ambiental associado às suas utilizações de uso único. Por isso, temos vindo a modificá-las de forma a cumprir todas as suas funções, garantindo um uso mais eficiente dos recursos, promovendo a sua reutilização e reciclabilidade, e sensibilizando o consumidor, envolvendo-o na transição para um modelo cada vez mais circular”.

No que diz respeito ao desperdício alimentar, na MC foi adotado um conjunto de mecanismos através dos quais “procuram uma gestão mais inteligente e eficaz do abastecimento, bem como um conjunto de mecanismos que nos permitem acelerar a venda de produtos que se aproximam da sua data de validade, juntamente com um programa de reaproveitamento e redistribuição de alimentos”, acrescenta Mariana Pereira da Silva.

CONCEITO ECO SPOT

Na gestão de resíduos, a MC implementou um conjunto de procedimentos que “visa, desde logo, prevenir a sua produção. Além disso, temos investido na criação de áreas, equipamentos e procedimentos que garantem uma melhor separação, armazenamento temporário e envio dos diferentes tipos de resíduos para operadores licenciados, assegurando a sua correta valorização”, afirma a responsável. Para dar resposta às necessidades crescentes na utilização da conveniência das lojas para a prestação de serviços de economia circular, a MC tem vindo a alargar o âmbito dos produtos em fim de vida que recolhe, nomeadamente as cápsulas de café, e a intervir de forma a melhorar os espaços existentes em loja para o efeito.

“Nos últimos anos a procura de cápsulas de café cresceu significativamente. Um desafio transversal a grande parte das marcas que produzem este tipo de cápsulas é não garantirem um destino final para as mesmas. Para dar resposta a este desafio, o Continente está a implementar em todas as suas lojas pontos de recolha de cápsulas de café. Tanto as cápsulas como as borras de café serão encaminhadas para valorização. Já temos pontos de recolha em mais de 50 lojas e estimamos que até ao final do ano tenhamos pontos de recolha em todas as nossas lojas Continente, Continente Modelo e Continente Bom Dia. Na fase piloto do projeto, recolhemos cerca de 9 toneladas”, revela a Diretora de Sustentabilidade da MC. Paralelamente, em 2022 desenharam e testaram o conceito do Eco Spot.

“Trata-se de um novo espaço onde os nossos clientes encontram destino para um conjunto de resíduos – para além das cápsulas de café, podem depositar pilhas, lâmpadas, rolhas, entre outros – para os quais nem sempre existe uma resposta em escala e conveniente”, explica Mariana Pereira da Silva.

CAMPANHA DO CADERNÃO

Outro exemplo de teste de modelos inovadores de recolha de produtos em fim de vida, considerando a natureza e a especificidade dos negócios, é a campanha do Cadernão. Com esta campanha “desafiamos os nossos clientes a entregar cadernos e livros escolares usados para reciclagem, assegurando que por cada tonelada recolhida serão plantadas 20 árvores. Fruto de uma parceria entre o Continente e a Oxford, esta campanha tem como objetivo sensibilizar e incentivar os nossos clientes a reciclarem”, diz a responsável. Em 2022, a ação esteve presente em 40 lojas e permitiu recolher 12 toneladas de papel que foram encaminhadas para reciclagem e que dessa forma ganharam uma nova vida. Complementarmente foram plantadas 240 árvores.

Em 2023 a campanha foi alargada a cerca de 250 lojas Continente, Continente Modelo, Continente Bom Dia e Note. No âmbito da gestão de resíduos, em 2022, a MC geriu 73 087 toneladas de resíduos. Registaram um aumento da taxa de valorização dos resíduos produzidos para 84,8% (mais 1,2 p.p. face a 2021). “Estamos comprometidos em assegurar a melhor separação e encaminhamento dos resíduos gerados na nossa operação. Não sendo possível avançar com um valor, acreditamos que os investimentos que os diferentes operadores estão a realizar irão conduzir, progressivamente, a uma melhoria desta taxa”, afirma a Diretora de Sustentabilidade.

“ROADMAP 2030” PARA ASSEGURAR A DESCARBONIZAÇÃO

No Continente, ambicionam assegurar a descarbonização das suas operações até 2040. Como forma de atingir o objetivo proposto, a MC desenvolveu o “Roadmap 2030” “que nos tem guiado nos esforços e investimentos a realizar”, revela a responsável. Assenta em 4 áreas de atuação: “a implementação de medidas de ecoeficiência com o objetivo de reduzir ao máximo o nosso uso de energia; a eletrificação dos consumos; a alteração das nossas centrais de frio; e o investimento na produção e aquisição de energia efetivamente produzida a partir de fontes renováveis”.

Maria Pereira da Silva diz que “é notório o crescente interesse do consumidor com aspetos que vão para além da qualidade ou do preço dos produtos” e que o consumidor “está cada vez mais preocupado com a sua saúde, com a proveniência dos alimentos que consome e com o modo como foram produzidos”. A par desta crescente sensibilidade para o tema, acrescenta, “percebemos que ainda existe algum desconhecimento sobre o mesmo, em particular, alguma dificuldade em identificar critérios de descodificação do que é ou não é sustentável”.

Dessa forma, conclui, “temos vindo a apostar em diferentes iniciativas e campanhas que visam aumentar a literacia do consumidor e que vão desde a criação da iconografia da reciclagem, à introdução do selo ‘Antes de Desperdiçar: Observar, Cheirar, Provar da Too Good To Go nos nossos produtos, à campanha “Dieta do Planeta” ou à gamificação “Poupe o Planeta” em que desafiámos os clientes a fazerem escolhas mais responsáveis a cada ida ao supermercado”.

 

Artigo escrito em parceria com a MC e publicado originalmente na Green Savers nº 12




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