Quer um jardim pró-polinizadores? Cientistas identificam Top 10 das plantas mais atrativas

Os insetos polinizadores, como as famosas abelhas e borboletas e os menos conhecidos sirfídeos, estão em grave declínio em todo o mundo. Mudanças nas práticas agrícolas, a perda de habitat e as alterações climáticas estão a causar grandes perdas populacionais de polinizadores, com consequências para os ecossistemas e também para a segurança alimentar humana.
Para ajudá-los a recuperar, um grupo de cientistas lançou-se na missão de identificar quais as flores mais apreciadas por abelhas e sirfídeos (também conhecidos como moscas-das-flores), mas que também cativam o sentido estítico humano.
Com base nos resultados, publicados na revista ‘Plants, People, Planet’, dizem ter identificados as plantas com flor que podem ser plantadas em jardins particulares ou em espaços verdes urbanos e que atrairão mais polinizadores e, além disso, são um regalo para a vista.
O Top 10 dessas plantas são os milefólios (Achillea millefolium), a centáurea-azul (Centaurea cyanus), a soagem (ou língua-de-vaca, Echium plantagineum), o pampilho-das-searas (Glebionis segetum), a papoila-vermelha (Papaver rhoeas), a mostarda-dos-campos (Sinapis arvensis), as camomilas Tripleurospermum inordorum e Anthemis arvensis, a facélia-azul (Phacelia tanacetifolia) e a Cosmos bipinnatus.
Os investigadores dizem que jardins com misturas dessas plantas são altamente atrativos para abelhas e sirfídeos e transformam espaços verdes em verdadeiros oásis de polinizadores selvagens.
“É importante que todos façamos alguma coisa para ajudar, e mesmo pequenas mudanças podem realmente fazer a diferença”, diz Natasha de Vere, do Museu de História Natural da Dinamarca e principal coautora do estudo.
Em comunicado, a investigadora afirma que “eu própria tenho um quintal pequeno, que enchi com as melhores plantas para os polinizadores e agora está cheio de abelhas e moscas-das-flores”.
“Espero que os resultados da nossa nova investigação possam ser usados para fornecer orientações baseadas em evidências sobre como selecionar espécies de plantas”, afirma de Vere, que servem para quem quer enriquecer os seus jardins lá de casa, bem como para os gestores de espaços verdes nas cidades, transformando-as em focos de biodiversidade.