SMAS de Sintra investem mais 330 mil euros na monitorização do sistema de abastecimento de água
Num investimento estimado em 330 mil euros, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) vão criar mais oito Zonas de Medição e Controle (ZMC), um mecanismo que se revela essencial para a monitorização da rede de abastecimento de água, com vista à localização ativa de fugas, divulgaram em comunicado.
Segundo a mesma fonte, com uma forte aposta na redução da água não faturada (perdas de água), que passou de 30,9% em 2014 para 17,8% em 2023, os SMAS de Sintra vão reforçar a rede de ZMC em Asfamil, Casal do Cotão, Cacém/São Marcos, Serra da Silveira, Pedras da Granja apoiado, Ral e Ral/Terrugem e, ainda, proceder à remodelação da existente na Beloura (situada na Alameda da Fonte Velha), que se encontrava inoperacional há cerca de uma década.
No âmbito do sistema de distribuição de água ao concelho de Sintra, num território com 320 km2, assente em quase 1.900 km de condutas de adução e distribuição, exige-se a adoção de estratégias de controlo, monitorização e combate às perdas de água.
Um dos principais métodos para melhor controlar a rede é a criação de ZMC, que permite monitorizar os caudais e pressões e identificar ruturas não visíveis, facilitando a adoção de medidas para minimizar as perdas de água. Ao subdividir as áreas de influência dos reservatórios, as ZMC permitem, ainda, limitar as zonas de interrupção do abastecimento de água em caso de rutura.
Os SMAS de Sintra contam já com uma rede de 57 ZMC, que monitoriza em grande parte o sistema, mas, dada a sua extensão e complexidade, existem ainda áreas sem controlo diário de caudais e volumes e sem indicadores de fugas de água.
Após aprovação em sede de conselho de administração dos SMAS de Sintra, o executivo municipal aprovou a abertura de concurso público para implementação de mais oito ZMC, incluindo a remodelação da existente na Beloura, numa empreitada que consiste na construção de caixas para instalação dos equipamentos, o medidor de caudal, sensor de pressão e logger (dispositivo de registo de dados).
A ZMC de Asfamil será criada na caixa de derivação da conduta distribuidora DN 500 com origem no Reservatório do Cotão, que se localiza na berma da Estrada de Paço de Arcos (União das Freguesias de Cacém e São Marcos), prevendo-se a substituição de tubagens e acessórios existentes no interior da caixa.
Para a criação da ZMC Casal do Cotão, o equipamento será instalado na conduta de DN 250 que deriva da distribuidora com origem no Reservatório do Cotão, com localização no centro da rotunda do cruzamento da Estrada de Paço de Arcos com a Rua da Belavista. No caso de Cotão/São Marcos, a caixa de instalação da ZMC será construída na Rua Marciano Tomaz da Costa, em conduta também com origem no mesmo reservatório.
Na conduta que abastece a Serra da Silveira, a ZMC será criada junto à principal conduta adutora do concelho de Sintra, proveniente do Reservatório do Alto de Carenque.
Neste caso, dada a proximidade da conduta de DN 1200, optou-se pela construção de caixa enterrada, na zona do cruzamento da Rua Fonteireira com a Rua Luís de Camões (União das Freguesias de Queluz e Belas). O equipamento na nova ZMC Pedras da Granja apoiado será instalado na conduta DN 400 à saída deste reservatório, no interior do recinto.
Na localidade do Ral, a nova ZMC será criada no cruzamento da Rua Casal da Ligeira com a Rua Afonso Araújo Sommer, enquanto a ZMC Ral/Terrugem será instalada junto a infraestrutura já existente das condutas de DN 300 e DN 800 com origem no Reservatório das Mercês.
No âmbito da estratégia de redução da água não faturada, além da criação de ZMC, os SMAS de Sintra mantém o investimento em requalificação de condutas e ramais, por forma a garantir taxas de renovação de redes dentro dos parâmetros de sustentabilidade, assim como a remodelação e impermeabilização de reservatórios, como é o caso da empreitada em curso na Rinchoa (Rio de Mouro), que representa um investimento na ordem dos 630 mil euros.
Até 2028, os SMAS de Sintra contam investir, na área do abastecimento de água, um montante de cerca de 25 milhões de euros, no sentido de melhorar a eficiência da distribuição de água à população.