Tartaruga-das-galápagos dá à luz pela primeira vez com 100 anos

Uma fêmea de tartaruga-das-galápagos, da subespécie Chelonoidis porteri, deu à luz pela primeira vez aos 100 anos de idade no jardim Zoológico de Filadélfia, nos Estados Unidos da América.
Em comunicado, a instituição diz que a progenitora, de nome Mommy, é a única fêmea conhecida da espécie a dar à luz pela primeira vez numa idade tão avançada, no âmbito do programa de reprodução em cativeiro das tartarugas-das-galápagos da Associação de Zoos e Aquários. De acordo com a Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza, as tartarugas da subespécie Chelonoidis porteri estão “Criticamente Ameaçadas”.
A fêmea pôs quatro ovos, sendo que o primeiro eclodiu no passado dia 27 de fevereiro, marcando o primeiro nascimento da espécie no zoo de Filadélfia em mais de 150 anos de história do parque. Os técnicos estão a monitorizar de perto os restantes ovos, na esperança de que deles saiam também outras crias.
“Este é um marco significativo para a história do Zoo de Filadélfia e não podíamos estar mais entusiasmados por partilhar esta notícia com a nossa cidade, a região e o mundo”, diz, em nota, Jo-Elle Mogerman, presidente e diretora-executiva da instituição zoológica.
A responsável confessa que a esperança é que as quatro crias possam vir a impulsionar os esforços globais de conservação para assegurar que, dentro de um século, o mundo possa ter uma população próspera de tartarugas-das-galápagos.
Recordando que, em tempos, cada uma das ilhas das Galápagos tinha a sua própria subespécie de tartarugas – a subespécie Chelonoidis porteri é nativa da ilha de Santa Cruz – Rachel Metz, vice-presidente da divisão de bem-estar animal e conservação do zoo de Filadélfia, lamenta que muitas delas já se tenham extinguido.
Por isso, afirma que “estas crias não protegem apenas a espécie da extinção, mas servem como importantes embaixadores para inspirarem os visitantes a salvarem a vida selvagem e os locais selvagens”.