Viver melhor com menos: casas eficientes e o novo perfil de comprador

Comprar casa é um dos maiores investimentos da vida, mas a nova geração de compradores encara esta decisão de forma diferente. Para muitos jovens adultos, viver melhor não significa viver maior — significa viver de forma mais eficiente, consciente e sustentável.
Num contexto marcado pela crise climática, pela pressão económica e pela escassez de recursos, a procura por casas eficientes está a redefinir o mercado imobiliário. A geração que cresceu a ouvir falar de aquecimento global, energias renováveis e responsabilidade ambiental coloca hoje estas preocupações no centro das suas escolhas.
A mudança de mentalidade: eficiência antes do luxo
Há poucos anos, o objetivo era claro: encontrar a maior casa possível dentro do orçamento disponível. Hoje, para muitos compradores conscientes, a prioridade é diferente:
- Eficiência energética
- Boa gestão de espaço
- Materiais sustentáveis
- Custos de manutenção reduzidos
Um imóvel de classe energética A ou superior não é apenas mais ecológico: representa também poupança mensal nas contas de eletricidade, água e gás. Casas bem isoladas, com painéis solares ou sistemas de aquecimento inteligente, deixaram de ser “extras” para se tornarem requisitos básicos.
Entre necessidade e escolha: o novo paradigma da habitação
A preferência por casas mais eficientes e compactas é, em parte, uma resposta à realidade do mercado.
Nos últimos anos, o preço dos imóveis subiu de forma significativa, forçando muitos compradores a procurar espaços mais pequenos e a otimizar cada metro quadrado.
Mas esta tendência não é apenas uma imposição económica. É também resultado da adesão a correntes minimalistas e ambientalistas, que valorizam estilos de vida mais simples, funcionais e sustentáveis.
Neste novo contexto, cabe aos investidores e promotores imobiliários reconhecerem esta mudança de paradigma. Quer na renovação de imóveis antigos, quer na construção nova, será fundamental apostar em projetos que combinem eficiência energética, sustentabilidade e adaptabilidade aos diferentes perfis de compradores.
O mercado já não procura apenas metros quadrados — procura soluções inteligentes para viver melhor com menos.
Casas mais sustentáveis, carteiras mais protegidas
Optar por casas eficientes é uma escolha ética — e também financeira.
Com o aumento dos custos energéticos e a maior exigência de certificações ambientais, imóveis sustentáveis tendem a manter ou valorizar o seu valor de mercado.
Comprar com consciência é proteger o planeta, mas também proteger a carteira a médio e longo prazo.
A importância da informação na decisão
A nova geração de compradores é altamente informada. Antes de tomar decisões, pesquisa:
- Classe energética do imóvel
- Eficiência dos eletrodomésticos incluídos (ex. ar condicionado, caldeiras, frigoríficos)
- Sistemas de monitorização e automação de consumos (iluminação, temperatura, segurança)
- Tipo de isolamento térmico e acústico (janelas, paredes, cobertura)
- Presença de soluções de energia renovável (painéis solares, bombas de calor)
- Materiais utilizados na construção ou renovação (sustentáveis, recicláveis, de baixa emissão)
- Ventilação natural e iluminação eficiente
- Possibilidade de expansão ou reconfiguração do espaço
- Impacto total dos encargos mensais (energia, água, manutenção)
E avalia também o impacto financeiro total: quanto custa comprar, mas também quanto custa viver na casa ao longo dos anos. Ferramentas como o simulador de crédito habitação do Santander ajudam a prever diferentes cenários de financiamento e permitem decisões mais fundamentadas.
Viver melhor com menos: uma tendência que veio para ficar
A lógica do “maior é melhor” dá cada vez mais lugar à lógica do “melhor é melhor”.
Viver melhor com menos não significa perder qualidade de vida — significa apostar em espaços mais inteligentes, confortáveis e sustentáveis.
A nova geração de compradores está a provar que é possível ser exigente, inovador e consciente na escolha de um espaço para viver.
E, ao fazê-lo, está a construir um mercado imobiliário mais equilibrado, mais verde — e mais preparado para os desafios do futuro.
Nota: Este conteúdo é meramente informativo e não dispensa aconselhamento profissional.