Corticeira Amorim cria flutuador com cortiça para parque solar no Alqueva
A albufeira do Alqueva vai ter um novo parque solar flutuante e sabe-se agora que a estrutura integra uma nova solução mais sustentável. O desafio foi lançado pela EDP e, a Corticeira Amorim e o Isigenere, em colaboração, criaram novos flutuadores feitos de cortiça e polímeros reciclados.
A nova solução combina cortiça desenvolvida na i.Cork factory, a fábrica-piloto e hub de inovação da Amorim Cork Composites, unidade de aglomerados compósitos da Corticeira Amorim, e substitui parte do plástico virgem utilizado nos flutuadores convencionais.
Este parque é um dos mais inovadores projetos de energia solar da EDP. A estrutura será composta por 25 mil flutuadores e 11 mil painéis solares, e terá uma produção anual de 7,5 GWh. A expetativa é que consiga abastecer o equivalente a 25% dos consumidores da região (Portel e Moura), e que seja possível reduzir, pelo menos, 30% da pegada de dióxido de carbono (CO2).
“Aliar inovação à sustentabilidade é uma estratégia que a EDP considera decisiva no desenvolvimento dos seus projetos e no contributo para uma transição energética que é urgente acelerar”, afirma Ana Paula Marques, administradora executiva da EDP e presidente da EDP Produção. “É essa ambição que consubstanciamos em projetos como o parque solar flutuante do Alqueva, que marca um passo relevante na expansão e inovação no domínio das energias renováveis no nosso país e no compromisso com a sustentabilidade.”
António Rios de Amorim, CEO da Corticeira Amorim, refere: “Desde há muito tempo que a cortiça é utilizada no mercado energético, mas o seu potencial está, agora, a ganhar uma nova força. (…) A aplicação deste material no setor da energia evidencia-se pelas suas características técnicas naturais. A resistência a temperaturas extremas, a compatibilidade química, a resiliência, as propriedades anti-vibráticas e a baixa condutibilidade térmica são atributos que valorizam o potencial desta matéria-prima em inúmeras aplicações deste setor”.