Alterações das estações do ano e animais de companhia: Quais são os riscos?



As alterações climáticas estão a marcar a mudança um pouco por todo o mundo, alterando o clima, as temperaturas e consequentemente, as estações do ano. A nova campanha europeia “#Protect our future too” quer chamar a atenção para os animais de companhia, que são também fortemente prejudicados por estas alterações.

A iniciativa reuniu os especialistas mundiais em saúde animal, para desenvolver várias estratégias de sensibilização e de apoio aos próprios donos, para que consigam proteger os seus amigos de quatro patas. Assim, no site da “#Protect our future too” é possível encontrar dicas, estudos e também ferramentas úteis, como a Meteorologia Pet, que o vão ajudar a cuidar do seu animal.

No Guia disponibilizado pela campanha, destacam-se as quatro principais consequências que afetam os animais de companhia, devido às alterações das estações do ano:

  • Parasitas: alguns padrões da biologia dos parasitas vetores transmissores de agentes patogénicos estão a mudar.

“A alteração das estações do ano está a criar as condições ideais para a proliferação dos parasitas.(…) O aumento da temperatura está a permitir aos parasitas uma vida mais longa e uma reprodução mais rápida, enquanto que várias espécies exóticas estão a sobreviver em áreas que anteriormente eram demasiado frias”, explicam os autores.

  • Doenças: originadas por vários parasitas que transportam agentes patogénicos, como é o caso da Doença de Lyme ou da Eliquiose, provocadas pelas carraças.

“Os ectoparasitas não conseguem gerar calor por si e dependem de temperaturas externas amenas a quentes. É por este motivo que a temperatura ambiental condiciona a maioria das suas atividades, incluindo a sua capacidade de transmitir doenças. Muitas doenças que previamente estavam limitadas às áreas Mediterrânicas, estão agora a chegar ao norte da Europa. A Leishmaniose é um exemplo claro de como a alteração das estações do ano está a modificar a epidemiologia das doenças transmitidas por vetores”.

  • Comportamento: a rotina diárias dos animais é alterado e pode provocar desconforto severo; alguns sinais apontados são a perda de apetite, a letargia e o ladrar e miar excessivo.

Como refere Clara Palestrini, da Universidade de Milão, “Algumas alterações do comportamento dos cães e gatos, como disfunção congnitiva, anseidade, medos e fobias de tempestades podem estar relacionadas com a alteração do clima”.

  • Uma só saúde: os desafios apresentados ao seu animal de estimação, são também seus.

Algumas doenças detetadas em cães e em gatos, também podem afetar os seres humanos – é o caso das doenças zoonóticas, como a Doença de Lyme. De acordo com o documento, a Organização das Nações Unidas afirma que 60% das doenças infecciosas humanas podem ser zoonóticas, e que estas continuam a surgir.





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