4ª edição do programa de aceleração Blue Bio Value já tem vencedores



Já são conhecidos os três vencedores da 4ª edição do programa de aceleração Blue Bio Value: a portuguesa Blue Oasis Technology, a norueguesa Tekslo Seafood e a argentina FeedVax, anunciam a Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian.

Com uma duração de 7 semanas – 5 remotas e 2 presenciais –, a edição deste ano do Blue Bio Value contou com a participação de 14 empresas internacionais e 4 portuguesas e culminou hoje no pitch final das 10 startups finalistas. Fundada em Portugal, em 2021, a Blue Oasis Technology, cria e instala “recifes” artificiais neutros em carbono, que permitem a recuperação de ecossistemas marinhos danificados e a reversão do declínio da biodiversidade do Oceano.

A solução BluBoxx desenvolvida pela startup permite também o registo de parâmetros ambientais e a transmissão de dados, podendo ser instalada nas estruturas de recife ou noutras estruturas subaquáticas.

A norueguesa Tekslo Seafood centra-se na comercialização de produtos alimentares inovadores, utilizando algas marinhas recolhidas de forma sustentável no Atlântico Norte. Fundada em 2017, a empresa tem como objetivo criar grandes marcas internacionais incluindo as algas nas dietas diárias.

Já a startup FeedVax, fundada em 2017, na Argentina, detém uma plataforma para preparação de vacinas orais para peixe de aquacultura. Comercializam atualmente uma vacina oral contra a Streptococcosis na tilápia, combinada com a ração e resistente ao meio gástrico. Esta vacina oral é uma solução que simplifica a vida dos produtores, elimina o stress dos peixes e a utilização do uso de antibióticos.

As três startups que mais se destacaram são agora premiadas com um valor total de €45.000, que será utilizado na Blue Demo Network, uma plataforma focada na bioeconomia azul, criada para ajudar as startups a encontrar nas infraestruturas e serviços portugueses, respostas às suas necessidades. Na cerimónia de encerramento do programa, José Soares dos Santos, Chairman da Fundação Oceano Azul, congratulou os participantes, salientando que todos são vencedores: “todos são agentes de mudança, tendo à sua frente a tarefa mais desafiante do mundo: persistir e acreditar que é possível mudar o paradigma e viver em equilíbrio com a natureza”.

Na mesma ocasião, a Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, lembrou que a resposta à crise climática e ambiental exige soluções baseadas no oceano, e que neste contexto, “todos os participantes contribuem para responder aos maiores desafios da humanidade”. “Vocês são o testemunho de que a jornada é, de facto, o destino” destacou. O Blue Bio Value Acceleration é um programa de aceleração focado na bioeconomia azul que pretende contribuir para a procura e descoberta de soluções sustentáveis e baseadas no oceano, que promovam o desenvolvimento de um novo modelo económico não destrutivo do capital natural azul. O programa permite que os projetos selecionados validem a sua tecnologia, adquiram competências de gestão e criem bases para escalar os seus negócios, sustentáveis e economicamente viáveis.

Nesta edição, participaram startups que criam soluções como produtos naturais de cuidado capilar com ingredientes portugueses do mar, nomeadamente da Ria Formosa; que desenvolvem tecnologias de biofiltração para tratamento de águas contaminadas, ou ainda, que produzem bioplásticos biodegradáveis para substituir embalagens alimentares. Desde 2018, o Programa Blue Bio Value recebeu e acelerou 59 empresas de 19 nacionalidades e receberam orientação de mais de 60 mentores.

As Fundações Oceano Azul e Calouste Gulbenkian acreditam que a bioeconomia azul terá um papel crucial na resposta a alguns dos maiores desafios que o mundo enfrenta atualmente. Neste contexto, pretendem contribuir para que Portugal se torne num polo europeu relevante e inovador no desenvolvimento da mais moderna bioeconomia marinha.





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