Onda de calor na Argentina provoca morte massiva de pinguins
As alterações climáticas estão provocar fenómenos extremos um pouco por todo o mundo, e as ondas de calor são cada vez mais comuns. Em janeiro de 2019, as temperaturas em Punta Tombo, na Argentina, chegaram aos 44ºC graus, provocando um acontecimento inédito na região. Um grupo de investigadores da Universidade de Washington presenciou a morte massiva numa das maiores colónias de reprodução de Pinguins-de-magalhães (Magellanic penguins).
De acordo com as observações em campo dos cientistas, foram mortos 354 pinguins, dos quais 264 eram adultos e 90 eram crias. Segundo os especialistas, era o período de fim de época de reprodução dos pinguins.
“Qualquer morte em massa como esta é uma preocupação. Mas o que é mais preocupante sobre a mortalidade por calor é que esta tem potencial para matar muitos adultos”, explica Katie Holt, autora do estudo. “A viabilidade populacional de aves marinhas de longa vida – como os pinguins de magalhães – depende de uma longa expectativa de vida. Os pinguins de magalhães adultos podem viver mais de 30 anos, portanto, geralmente têm muitas oportunidades de criar filhotes com sucesso. Se perdemos um grande número de adultos num único evento como este, é uma grande preocupação.”
Os dados revelam que os animais morreram por desidratação, e vários (27%) estavam a dirigir-se precisamente do local da colónia para a direção do mar. No caso das crias, não havia sinais de fome nem de desidratação; sugere-se que morreram por não conseguirem regular a temperatura do corpo para as elevadas temperaturas que se fizeram sentir.