Sociedade civil timorense pede estratégia política para o meio ambiente



A sociedade civil timorense apelou hoje ao Governo para elaborar uma estratégia política eficaz para mitigar as alterações climáticas e proteger os direitos dos cidadãos.

“Queremos encorajar os decisores políticos, que têm autoridade para tomar decisões, para que reflitam sobre a situação atual e desenvolvam estratégias de mitigação adequadas, que assegurem a proteção ambiental e, por consequência, os direitos dos cidadãos”, afirmou à Lusa o presidente da Fongtil (Fórum das Organizações Não-Governamentais de Timor-Leste), Valentim Ximenes.

Ximenes falava no âmbito da Conferência Internacional Sobre Clima, Direitos Humanos e Justiça Ecológica, que começou hoje em Díli e vai decorrer até quarta-feira.

“A política pública correta tem de partir do reconhecimento da realidade atual, marcada por dificuldades, para que possamos olhar para o futuro, daqui a 10 ou 20 anos”, sublinhou o presidente da Fongtil.

Segundo Valentim Ximenes, é preciso agir para que a população continue a ter acesso a alimentos e água.

Timor-Leste é particularmente vulnerável às alterações climáticas e condições meteorológicas extremas são cada vez mais frequentes e severas, com impacto na biodiversidade, ecossistemas, segurança alimentar e nutrição, escassez de água, que afetam principalmente as pessoas mais vulneráveis.

“Esta é uma das obrigações fundamentais do Estado para com os seus cidadãos. Timor-Leste precisa considerar as alterações climáticas como uma situação urgente, porque não queremos viver em condições de carência, especialmente no apoio aos agricultores que já não têm acesso à água”, alertou o responsável.

O objetivo da conferência é ouvir diversos setores — desde académicos, setor privado, ativistas e advogados — para ajudar a desenvolver uma futura política pública com maior sensibilidade para a proteção ambiental.

No seminário participam também peritos oriundos da Austrália, Papua-Nova Guiné e Papua Ocidental — regiões igualmente afetadas pelas alterações climáticas e deslocações forçadas — que vieram partilhar as suas experiências e opiniões com Timor-Leste, procurando soluções conjuntas.






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