Cientistas podem estar mais perto de descobrir local de reprodução das baleias-azuis



Isabela é uma grande baleia-azul e poderá ter sido a chave para ajudar a resolver um mistério que há muito intriga os cientistas: onde se reproduzem estes colossos marinhos. Isabela pesa cerca de 100 toneladas e tem 25 metros de comprimento. Não se lhe conhece a idade.

Os investigadores que estudam as baleias-azuis nas águas do Chile descobriram que Isabela viajou, pelo menos uma vez, entre o Golfo do Corcovado, no Chile, e as águas equatoriais das Galápagos, percorrendo mais de 5.000 quilómetros de distância. A viagem representa o mais longo percurso migratório Norte-Sul alguma vez registado para uma baleia-azul do Hemisfério Sul.

Os cientistas acreditam que poderá ser este um dos locais de reprodução das baleias-azuis. As conclusões foram publicadas num novo estudo na revista científica Marine Mammal Science.

Os investigadores responsáveis pela monitorização dos movimentos migratórios de Isabela procuravam estabelecer ligações entre as populações de baleia-azul no Golfo do Corcovado e de outras regiões. Para tal estudaram amostras de ADN recolhidas com a ajuda de dardos e também registos de observações e fotografias para tentar ligar indivíduos específicos a diferentes localizações.

A investigação permitiu identificar uma fêmea observada ao largo da costa sul do Chile, no verão austral de 2006. Os cientistas perceberam que a baleia em questão havia sido já identificada nas águas das Galápagos por investigadores da Administração norte-americana para os Oceanos e Atmosfera.

“Os esforços para proteger as baleias-azuis e outras espécies oceânicas precisam sempre da ajuda de um completo conhecimento sobre o alcance migratório de uma espécie”, explica Juan Pablo Torres-Florez, investigador principal do estudo. “Com este tipo de descobertas podemos encorajar os governos do sul do Pacífico a criar uma rede de águas marinhas protegidas”, acrescenta, cita o Science Daily.

As baleias-azuis podem chegar aos 30 metros de comprimentos e acredita-se que é o maior animal que alguma vez existiu no planeta. A espécie foi caçada quase até à extinção por frotas baleeiras até 1966, altura em que ganharam protecção internacional.

Foto: Courtesy of Rodrigo Hucke-Gaete/Blue Whale Center





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