Mouraria apresenta o seu edifício-manifesto, um projecto sustentável de reabilitação urbana



A Associação Renovar a Mouraria (ARM) e o ateliê de arquitectura Artéria estão a promover um projecto inovador de reabilitação urbana integrada, o chamado Edifício-Manifesto.

Este projecto, que decorre no bairro da Mouraria, em Lisboa, pretende ser “um manifesto em forma de edifício”, ou seja, um projecto que reflecte sobre as possibilidades reais para reabilitar edifícios no centro histórico de Lisboa.

O primeiro edifício a ser abrangido pela iniciativa situa-se no Beco do Rosendo, 8 (na foto), num espaço detido pela ARM e que abrirá brevemente ao público como espaço de cultura e encontro.

“Acreditamos que este será um exemplo para todo o bairro e o início de um efectivo movimento de integração da população no processo de reabilitação de um bairro”, explica a organização em comunicado.

O objectivo é reabilitar um equipamento urbano com qualidade média e a custos controlados, estabelecendo parcerias com marcas de materiais de construção portugueses, para provar que reabilitar não é mais caro que construir de novo, e “é certamente muito mais barato que fazer obras de demolição com manutenção das fachadas, um tipo de intervenção que erroneamente tem vingado como uma categoria de reabilitação”.

O projecto conta ainda com a parceria com a Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL) para o desenvolvimento de um estudo para averiguar os potenciais danos ambientais associados à obra, através da identificação e quantificação da energia dispendida, materiais utilizados, resíduos e emissões libertadas para o ambiente.

O conceito de Edifício-Manifesto foi um dos contemplados no programa de 2011 para os bairros e zonas de intervenção prioritários (BIP/ZIP’s), cujo protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) foi assinado no final de Junho. O projecto recebeu 50.000€ da CML.





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