Consumidores brasileiros pensam muito antes de comprar
A ideia é não terem uma surpresa quando chegam a casa, portanto os consumidores brasileiros não se importam de perder mais tempo nas lojas na hora de comprar, avaliando todos os aspectos dos produtos e comparando-os. Aliás, comparativamente com outros mercados, como na França, Alemanha, Arábia Saudita ou Venezuela, os consumidores brasileiros estão mesmo entre aqueles que “perdem” mais tempo a pensar antes de comprar.
A análise, avançada pela Folha Online, é feita pelo presidente da Procter & Gamble Brasil, Tarek Farahat, que já trabalhou em outros países e conclui que, por terras de Vera Cruz, a nova classe média valoriza produtos com tecnologia. Por esse mesmo motivo, a empresa aposta em embalagens maiores, económicas, e em campanhas que expliquem os benefícios dos itens ligados à inovação.
A P&G, quinta empresa que mais factura no Brasil, vende naquele país apenas 24 das mais de 250 marcas que disponibiliza a nível mundial, porque acredita que a introdução tem de ser gradual, para que os consumidores compreendam cada inovação. Além disso, é preciso que a companhia continue concentrada nas marcas que representa e que são o coração do negócio brasileiro, nomeadamente Pampers, Oral-B, Wella, Gillette e Pantene. No ano passado, Head & Shoulders, Naturella, Febreze e Olay entraram para o portefólio da P&G e, este ano, o amaciador de roupa Downy é a novidade.
O objectivo agora é fortalecer a sua identidade corporativa, mostrando aos consumidores que as 24 marcas que comercializa no país, onde marca presença há 23 anos, fazem parte da mesma família. Para isso, a companhia aposta nos “embaixadores”, como os apresentadores Ana Maria Braga e Faustão, a quem se junta agora o casal Luciano Huck e Angélica.