França: bombas da Primeira Guerra Mundial podem estar a contaminar alimentos



As autoridades francesas confirmaram que a mais recente descoberta de um local com um número impressionante de bombas, balas e granadas da Primeira Guerra Mundial, no norte do País, está a contaminar o solo – e os alimentos que de lá vêm.

Em Julho, as autoridades proibiram os agricultores de vender todos os produtos cultivados numa determinada área na região de Meuse, que há várias décadas é cultivada. As áreas afectadas pela proibição encontram-se junto de Verdun, cidade que deu o nome a uma das mais famosas e trágicas batalhas daquela guerra e onde mais de 300.000 soldados alemães e franceses morreram.

Segundo o Vice, os resultados iniciais de testes desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa Geológica e Mineira de França encontraram restos de compostos metálicos e químicos no solo, incluindo arsénico, zinco e chumbo. Também foram encontrados vestígios de explosivos e químicos industriais.

“No final das duas grandes guerras, qualquer bala e bomba que não foi disparada ou explodiu foi entregue para ‘recicladores’, que as desmantelaram de uma forma rudimental e guardaram o metal”, avançou um porta-voz do grupo ambiental francês Robin des Bois.

Entre 1919 e 1926, a empresa Clere & Schwander “livrou-se” de 1,5 milhões de balas química e 30.000 explosivas, ao “enterrá-las, fazendo-as explodir, desmantelá-las ou sugá-las”. Cerca de 110 hectares ficaram contaminados por estas acções, mas foram, mais tarde, cultivados.

Foto: BiblioArchives / LibraryArchives / Creative Commons





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