Indústria brasileira de cimento é a mais sustentável do mundo



A indústria brasileira de cimento é a mais sustentável do mundo, emitindo menos 30% de CO2 que a média global. Este número torna-se ainda mais notável quando sabemos que a produção de cimento corresponde a 5% das emissões totais de CO2.

Segundo o chefe dos laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Arnaldo Battagin, a grande diferença entre os cimentos brasileiro e globais está relacionada com a redução, no caso do primeiro, do clínquer, uma mistura de calcário e argila que é altamente poluente.

No Brasil, esta mistura é substituída pelas chamadas adições, o que reduz a quantidade de CO2 lançada à atmosfera. Na verdade, há outros factores que reduzem a poluição do cimento brasileiro. “A maioria das empresas substitui parte do combustível fóssil queimado nos fornos por biomassa ou lixo, como pneus usados”, de acordo com Battagin, citado pelo Planeta Sustentável.

Denominado co-processamento, esta técnica é utilizada por 37 das 51 fábricas brasileiras de cimento que produzem clínquer. O resultado? Enquanto a média mundial de emissões de CO2 chega aos 900 kgs por tonelada de cimento, no Brasil este número cai para os 600 kgs. Mas ainda há espaço para mais sustentabilidade.

“Com o co-processamento, adições e uso de biomassa nos fornos, temos margem para diminuir para os 430 kg”, de acordo com o director de assuntos corporativos da Holcim Brasil, Carlos Eduardo de Almeida.

Os impressionantes números do sector não são para menos. Cerca de 5% das emissões globais de CO2 são geradas pela indústria cimenteira, sendo que, no Brasil, este sector representa menos de 2%.

Mas o esforço da indústria brasileira de cimento não se fica por aqui. Em Cantagalo, no Rio de Janeiro, a fábrica da Lafarge utiliza todo o lixo urbano reciclável produzido na cidade como combustível na produção, em parceria com o município.

A Camargo Corrêa, por seu lado, está a trazer os moradores que residem perto das fábricas para debates relacionados com a comunidade, actuando junto dela.

Em 2009, foram utilizados, em todo o mundo, 20 mil milhões de toneladas de cimentos, o que o torna no segundo produto mais consumido pelo homem. O primeiro é a água.





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