Estados Unidos mandou menos 400 milhões de animais para abate desde 2007
Em 2007, os Estados Unidos mataram 9,5 mil milhões de animais terrestres para a sua alimentação, mas este número reduziu-se em 400 milhões em 2014, de acordo com Paul Shapiro, vice-presidente da Farm Animal Protection for The Humane Society of the United States.
“O que isso significa é que, em relação a 2007, no ano passado quase 500 milhões de animais não foram submetidos ao tormento do cultivo de fábrica e do abate industrial – e isso apesar do aumento da população dos EUA”, explicou Shapiro.
“Isso é mais do que a soma dos animais utilizados em experiências, caçados, levados para circos, localizados em produtoras de filhotes ou que acabam em abrigos a cada ano nos EUA”, continuou, citado pela revista Mandala.
Uma das divisões desta ONG concentra-se nas campanhas de redução de consumo de carne em ambientes institucionais. Iniciada por Kristie Middleton, ela tem ganhado força desde 2011 e está a expandir-se rapidamente. Em Los Angeles, por exemplo, a equipa convenceu o distrito escolar a implementar as “segundas-feiras sem carne” em 2012. Hoje, o programa evita que mais de 700.000 refeições à base de carne sejam servidas a cada semana.
“As taxas de vegetarianismo no nosso país têm-se mantido à volta dos 5% a 8%, há anos. Mas a taxa de redução de consumo de carne por pessoas que não são vegetarianas é o que realmente está a alimentar esta tendência”, explica Shapiro.
Um estudo desenvolvido em 2013 pela Mintel constatou que, embora mais de um terço dos estadunidenses consumam alternativas à carne, menos de 10% da população do país se identifica como vegetariana. Por outras palavras, o mercado de carnes vegetarianas está a ser impulsionado, em grande parte, por não-vegetarianos.
“É claro que a redução da carne é o que está a poupar números astronómicos de animais do tormento e da miséria”, acrescenta Shapiro.
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