Starbucks serve bebida com quantidade de açúcar três vezes superior ao máximo diário que adultos devem ingerir



Se for a um Starbucks, em Inglaterra, e pedir uma bebida de uvas chai, com laranja e canela, no tamanho venti – chama-se Hot Mulled Fruit, na verdade –, estará a ingerir três vezes a quantidade de açúcar que um adulto pode – ou deveria – ingerir por dia. A revelação foi conhecida num estudo desenvolvido pela ONG Action on Sugar e está a ter uma enorme repercussão, esta manhã, por terras britânicas.

Segundo a ONG, esta bebida tem o equivalente a 25 colheres de chá de açúcar. “Estas bebidas têm uma quantidade inacreditável de açúcar e calorias e são muitas vezes acompanhadas por snacks, já por si, cheios de açúcar e gorduras”, explicou a nutricionista e investigadora da Action on Sugar, Kawther Hashem, ao Guardian. “Não surpreende que tenhamos uma das maiores taxas de obesidade da Europa”.

Segundo o estudo, 98% das 131 bebidas quentes comercializadas por marcas como Starbucks ou Costa têm níveis excessivos de açúcar. Incluindo os cafés e chocolates quentes. A bebida mais açucarada da Costa contém 20 colheres de chá de açúcar, enquanto um dos chocolates quentes da Starbucks contém 15 colheres de chá, o dobro do que os adultos deveriam ingerir por dia.

Por outro lado, mais de um terço das bebidas testadas contêm a mesma quantidade de açúcar – ou mais – que uma lata de Coca-Cola.

“É escandalosa a quantidade de açúcar que acrescentamos às nossas comidas e bebidas”, explicou ao Guardian Graham MacGregor, professor de medicina cardiovascular na Queen Mary University of London. O responsável pediu ainda a David Cameron, primeiro-ministro inglês, para estabelecer urgentemente uma agência independente para a nutrição que não seja controlada pela indústria alimentar.

Nas redes sociais, a reacção a este estudo tem sido de estupefacção. Vários britânicos socorreram-se do Facebook e Twitter para mostrar a incredulidade pelas quantidades astronómicas de açúcar existentes nas bebidas quentes vendidas naquele país. Como o jornalista Joe Tidy, da Sky News.

Foto: Faye / Creative Commons





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