Colapso iminente da maior barragem do Iraque pode matar até 1 milhão de pessoas



Os oficinais norte-americanos que se encontram no Iraque avisaram ontem à noite para o “colapso iminente” da barragem de Mossul, uma tragédia que poderá afogar ou deixar sem habitação cerca de um milhão de pessoas que vive nas proximidades.

Segundo o The New York Times, que cita uma nota da embaixada dos Estados Unidos no Iraque, o aviso foi corroborado pelos engenheiros iraquianos que integraram os trabalhos de construção da barragem, há 30 anos.

De acordo com estes, também citados pelo Guardian, a pressão da estrutura da barragem está a aumentar rapidamente e encontra-se no máximo da sua capacidade. A abertura das comportas que permitira aliviar essa pressão, por outro lado, é neste momento impossível, uma vez que as portas estão encravadas.

Segundo a embaixada norte-americana no Iraque, o Governo iraquiano e as Nações Unidas estão trabalhar num plano de emergência para avisar a população, caso a barragem possa colapsar. Uma empresa italiana, Trevi, ganhou um contrato de €1,8 mil milhões, em Dezembro, para reparar a barragem, mas os trabalhos demorarão 18 meses a serem concluídos.

Segundo os cálculos oficiais, se a barragem de Mossul colapsar cerca de 500.000 pessoas poderão morrer, ainda que os engenheiros responsáveis pela sua construção digam que o balanço de mortos poderá chegar a um milhão — o colapso da barragem libertaria uma onda imensa de 20 metros de altura que varreria por completo a cidade de Mossul, antes de fluir ao longo do vale do rio Tigre até às cidades de Tikrit, Samarra e Bagdade, a capital do Iraque.

A cidade de Mossul ficaria com 13 metros de água em menos de quatro horas e até 26 metros, nas horas seguintes. Por outro lado, o Tigre inundaria Bagdad em quatro metros até 24 horas depois de a barragem colapsar.

A barragem de Mossul é a maior do Iraque, pode armazenar até três biliões de galões de água e fornece energia a mais de um milhão de pessoas.





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