Philips imagina a casa do futuro e dá o primeiro passo



Muitas são as visões futuristas de como serão as casas dentro de alguns anos, tendo em conta os constantes avanços da tecnologia. A Philips, contudo, foi mais longe, e projectou, de facto, a Microbial Home, um conjunto de soluções para a energia, limpeza, conservação de alimentos, iluminação e dejectos humanos.

O conceito, que se baseou nas palavras de ordem “poupar, reciclar, reutilizar, inovar e utilizar da melhor forma”, consiste num ecossistema que desafia as soluções do design convencional. A proposta da empresa holandesa está projectada para pensar de forma cíclica, onde cada processo dá início a outro, e, assim, utilizar todos os recursos e equilibrar o meio ambiente.

Os sete conceitos apresentados são complexos e merecem uma atenção mais detalhada, pelo que não hesite em obter informação adicional nos links que lhe disponibilizamos. A Bio-digester Island é onde todo o processo se inicia. O digestor converte resíduos sólidos de casa de banho e restos vegetais em gás metano, utilizado para alimentar uma série de funções na casa. A ilha de cozinha reposicionável deve ter sempre resíduos e água, sendo que os resíduos do lodo desidratados podem ser utilizados como adubo.

A despensa, denominada Larder, utiliza processos naturais para manter os alimentos frescos, ao contrário do comum frigorífico. O sistema de armazenamentos refrigerador evaporativo e vegetal está sob a forma de uma mesa de jantar, com diversos compartimentos, cada um com uma temperatura diferente para cada tipo de alimento. A superfície externa é aquecida por canos de água quente, pré-aquecidos pela Bio-digestor Island, e a parte superior tem um jardim de cerâmica, onde se cultivam a armazenam vegetais com base na química simbiótica.

A Philips deu a conhecer também alguns objectos mais pequenos e inusitados, como é o caso da Urban Beehive, uma colmeia, que permite que a abelha entre através do vaso de flores, parte que fica colocada no exterior da casa, e passe para um recipiente de vidro com vários favos de mel. Além de ter um vislumbre do mundo fascinante das abelhas, preserva a espécie e possibilita o consumo natural do produto, muito benéfico para a saúde.

Já o Bio-Light, utiliza bactérias bioluminescentes, alimentadas com metano e materiais compostos produzidos pelo digestor. O Apothecary, ou boticário, está pensado para a vigilância da saúde e diagnóstico, de forma a alertar precocemente e prevenir doenças. Projecta funções para a casa de banho, onde, de forma não invasiva o corpo da pessoa será constantemente analisado, bem como sensores e produtos químicos por detrás de espelhos que analisam a pele, olhos, retina e respiração.

E já que falamos em casa-de-banho, podemos falar no Filtering Squatting Toilet, a solução da Philips para conduzir os dejectos ao digestor inicial para reutilização de energia. Sustentável e ecológico, o conceito não consome energia e economiza água e não poluentes. Foi projectado para mostrar o valor energético dos dejectos humanos e consciencializar para o desperdício de água.

O último conceito destina-se a resíduos de plástico, que são triturados e reciclados. Utilizando as propriedades que os fungos têm nas embalagens para a sua decomposição, o Paternoster mói os produtos que, misturados com os fungos, encaminham-se para um recipiente de vidro e depois para outro compartimento. Na fase final do processo, que ainda pode demorar algumas semanas, os resíduos são expostos à luz do dia, através de uma abertura, e com a ajuda do ar, irão nascer deliciosos frutos e cogumelos prontos a comer.





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