Os primeiros resultados do investimento em renováveis nas Galápagos
O projecto de energias renováveis das ilhas Galápagos, Equador, foi criado com o objectivo de reduzir as importações de combustível e suprir as necessidades energéticas do arquipélago após o acidente registado em 2001 com o petroleiro Jessica. Este projecto foi responsável por 30% da electricidade consumida na ilha de San Cristóbal, e poupou o consumo de 8,7 milhões de litros de combustível eliminando a emissão de 21.000 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, segundo o recente relatório da Global Sustainable Electricity Partnership (GSEP).
O mesmo relatório indica que as três turbinas, que integram o projecto, operaram a 92% do tempo disponível desde a sua criação, produzindo mais de 26 milhões de quilowatts/ hora de electricidade. Sendo que cada uma das três turbinas tem uma capacidade de produção de 800 quilowatts, as quais podem operar com ventos relativamente fracos. Por sua vez, a central solar – que também faz parte do projecto e que inclui duas instalações de seis quilowatts – gerou 136.000 quilowatts/ hora de electricidade, avança a EFE Verde.
As três turbinas e a central solar estão sob a alçada da Eólica San Cristóbal S.A., empresa criada, em 2007, após o acordo estabelecido entre os sectores público (Governo do Equador e o Programa para o Desenvolvimento da ONU) e privado (GSEP – que engloba as onze companhias de energia mais importantes do mundo) para dar resposta às consequências do acidente com o petroleiro Jessica. Este, apesar de não ter atingido uma escala de maior magnitude, originou o derrame de 570.000 litros de combustível numa das reservas biológicas de aves, plantas e vida marinha mais importantes do mundo.
Os resultados alcançados com o projecto de energias renováveis das Galápagos tornam-no num bom exemplo para países, nomeadamente para países em desenvolvimento.
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