Por que razão o sucesso de “À Procura de Dory” preocupa os conservadoristas
Quando o filme À Procura de Nemo, lançado em 2003, se tornou um sucesso imediato para a Pixar, a procura pelo peixe-palhaço – a espécie “real” de Nemo –, atingiu números extraordinários. Se o mesmo acontecer com a sequela daquele filme, À Procura de Dory – que hoje estreia em Portugal – então estamos perante um grave problema de biodiversidade.
É que se os peixes-palhaços são criados em cativeiro, o mesmo não acontece com os cirurgiões-patela – neste caso, Dory –, que só existem no seu habitat. Há 13 anos, a procura por peixes-palhaços levou à sua extinção em vários locais do Planeta, apesar de estes se reproduzirem com facilidade – se o mesmo acontecer com os frágeis cirurgiões-patela, isso quer dizer que o peixe terá sido removido do seu habitat, os recifes de corais, provavelmente com veneno.
É que um dos métodos mais populares de capturar peixes vivos passa por borrifar um recife – e todos os seus habitantes – com cianeto. Alguns dos peixes ficam tão surpreendidos que podem ser apanhados – mas 50% destes, assim como o recife de coral, a sua casa, vão morrer imediatamente.
“Ao comprarem cirurgiões-patela e outros peixes tropicais, os consumidores são a contribuir involuntariamente para a destruição dos habitats marinhos e a matar, sem sentido, muitos peixes”, recorda o Mental Floss.
Foto: Josh Hallett / Creative Commons