CERVAS vai devolver 45 animais selvagens à natureza
O Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS), de Gouveia, começou na sexta-feira um conjunto de diversas acções de devolução à natureza de animais selvagens, que ingressaram no centro com diversos tipos de problemas. Coimbra, Guarda, Viseu e Aveiro serão os locais da devolução, sendo que a maioria dos animais são aves, com destaque para as rapinas nocturnas, como as corujas-do-mato, os mochos-galegos ou as corujas-das-torres.
Em comunicado, o CERVAS adianta que serão também libertadas aves rapinas diurnas, como os milhafres-pretos ou os tartaranhões-caçadores, e ainda de outros grupos como é o caso das cegonhas-brancas ou dos andorinhões. Uma das principais causas de ingresso destes animais foi a queda precoce dos ninhos mas também há situações de atropelamento, cativeiro ilegal e colisões.
Assim, na sexta-feira foram já libertadas seis cegonhas-brancas na Mata Nacional do Choupal e uma coruja-do-mato na Escola Superior Agrária de Coimbra. No dia 7, no Vale do Rossim, em Gouveia, segue-se uma coruja-do-mato e no dia 9, no Luso, Mealhada, será devolvido à Natureza um milhafre-preto. Outros animais serão libertados até ao final do mês, tanto nos locais onde foram encontrados feridos ou debilitados, como em acções de sensibilização em eventos, como é o caso do aniversário do Parque Natural da Serra da Estrela no dia 15 ou o dia dos Avós em Fornos de Algodres no dia 26.
Desde o início de 2016 ingressaram no CERVAS 302 animais, sendo as principais causas de ingresso as quedas do ninho e o cativeiro ilegal. A maioria dos animais tem sido entregue pelo Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR.
O CERVAS é uma estrutura que se dedica à recuperação de animais selvagens e à educação ambiental e está localizado em Gouveia, no Parque Natural da Serra da Estrela. A gestão do centro está a cargo da Associação ALDEIA desde 2009, em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e com a ANA – Aeroportos de Portugal, o principal patrocinador do centro.
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