União Europeia dá um passo importante na luta contra as Espécies Exóticas Invasoras (EEI)



A Comissão Europeia publicou ontem a sua primeira lista de Espécies Exóticas Invasoras (EEI) que identifica 37 plantas e animais exóticos que representam uma ameaça significativa para o ambiente e ecossistemas da UE.

Os Estados-Membros são agora obrigados a tomar medidas para abordar a dinâmica destas 37 espécies exóticas introduzidas e promover o seu combate. Isso pode envolver a implementação de medidas de controlo adequadas para impedir que as espécies em questão sejam mantidas, vendidas, transportadas, reproduzidas ou libertadas na natureza. Uma das espécies constante nesta lista é o Jacinto de Água que provoca graves perturbações e perda de biodiversidade nos ecossistemas aquáticos em Portugal. Outra é a Vespa Asiática (ou Vespa Velutina) que constitui uma grande ameaça para as abelhas e para a produção de mel.

Embora esta primeira lista seja muito modesta em comparação com a escala do desafio das Espécies Exóticas Invasoras (EEI), que são uma das mais importantes causas da perda de biodiversidade na UE, é muito importante que a UE dê sinais de que é capaz de agir nesta área onde uma acção coordenada de toda a Europa é essencial.

As espécies invasoras podem causar grande dano às espécies nativas, alimentando-se delas, competindo com elas por alimento e promovendo a propagação de doenças entre outros efeitos nefastos. As EEI também podem representar uma ameaça para a saúde humana e resultar em custos importantes para a economia através de danos às culturas e infra-estruturas.

Estima-se que o custo real das EEI para a UE como um todo está compreendido entre os €12.000 milhões e os €20.000 milhões de euros todos os anos.

“Em Portugal temos os casos bem recentes e altamente prejudiciais para a economia da Vespa Asiática e da Vespa do Castanheiro, que ameaçam de forma grave a apicultura e a produção de castanha e se estão a espalhar por todo o país de modo acelerado”, explicou a Quercus em comunicado.

A Quercus considera que a adopção desta lista é um passo na direcção certa. No entanto, “muito mais espécies terão de ser adicionados para que se possa combater eficazmente esta grave ameaça à natureza na Europa.”





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