EUA e Europa podem perder domínio da agricultura global. E uma das novas potências é o Brasil.
Se não forem tomadas medidas urgentes, os Estados Unidos e a Europa vão perder, mais cedo ou mais tarde, o domínio da agricultura global. A falta de recursos naturais e a emergência de nova potências como o Brasil, China e Rússia, três quartos dos BRIC, são os motivos apontados.
Segundo o estudo Power in Agriculture (Poder na Agricultura), encomendado pelos principais agricultores britânicos e publicado hoje no Guardian, a agricultura britânica é vulnerável às mesmas tendências e precisa de ser mais produtiva. E caso não mude, vai perder influência à escala global.
Realizado pelo Scottish Agricultural College, o relatório diz, no entanto, que uma maior produtividade será recebida com cautelas pelos seus críticos, que têm medo que os agricultores utilizem este estudo para pressionar o Governo britânico a revogar as leias de protecção do ambiente e consumidores.
Segundo o Power in Agriculture, o Reino Unido continua uma potência agrícola devido à influência política, mas está a ser ameaçado pela falta de recursos minerais e naturais. E exemplo do resto da Europa e EUA.
O estudo revela ainda que os Estados Unidos são o maior player na agricultura global, seguido de perto pela União Europeia. Segue-se a China e Rússia e, em quinto lugar, o Reino Unido. O restante top 9 é formado pelo Japão, Australásia e Brasil, que é visto como um poderoso concorrente ao top 3.
O relatório analisou dados de várias organizações económicas globais, das Nações Unidas e do Departamento de Agricultura dos EUA.