A nova fonte de receitas dos talibãs é a madeira. E quem sofre são as florestas do Paquistão.



Há dois anos, as principais fontes de receita dos talibãs eram o tráfico de armas e da venda de ópio, até que os esforços comuns das Nações Unidas, NATO e outros aliados acabaram com estas operações. Hoje, a principal fonte de receitas dos talibãs é a madeira proveniente das florestas paquistanesas, que é vendida ao preço da chuva.

Segundo o Guardian, militantes talibãs já dizimaram várias áreas da belíssima província de Khyber Pakhtunkhwa, cujas florestas se encontram cheias de cotos de árvores.

“Quase todas as florestas da área foram descascadas das suas árvores, mas a área de Swat, em particular, sentiu o peso das atrocidades dos talibãs nos últimos dois anos”, explicou o secretário da Sarhad Awami Foresty Ittehad (SAFI), Jamshaid Ali Khan.

Fundada em 1997, a SAFI tem como papel a conservação, gestão e desenvolvimento da floresta paquistanesa. Tem também, entre as suas funções, providenciar rendimento aos trabalhadores locais, reduzir a poluição atmosférica e minimizar a erosão do solo. Como nos últimos dois anos as suas operações foram reduzidas por causa das inundações, os talibãs tornaram-se semi-residentes na área.

Para financiar as suas operações, os talibãs dedicam-se agora a cortar milhares de árvores e venderem a madeira no mercado negro, a preços irrisórios. “Uma árvore demora 100 anos a amadurecer antes de ser cortada. O Governo corta árvores depois de uma cuidada avaliação e planta árvores substitutas. A grande parte das árvores cortadas pelos talibãs ainda não atingiram a maturidade”, explicou Ali Khan.

Segundo as autoridades paquistanesas, os talibãs já destruíram 80% das florestas desta região. O prejuízo financeiro está avaliado em cerca de €270 milhões (R$ 618 milhões).





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