S.O.S. ilhas do Pacífico
Num comunicado emitido no final de uma reunião realizada em Apia, capital do Estado Independente de Samoa, as nações do Pacífico destacaram a “vulnerabilidade significativa” que enfrentam face às consequências das alterações climáticas e pediram ajuda internacional para lidar com o desafio.
Entre os presentes do Pacific Islands Forum (PIF) estavam Kiribati e Tuvalu, países que correm risco quase eminente de desaparecerem devido à subida do nível do mar. Em Kiribati, parte das ilhas já estão submersas e um futuro semelhante espera Tuvalu, onde o ponto mais alto atinge cinco metros acima do nível do mar. As suas populações parecem predestinadas a serem os primeiros “refugiados do clima”, procurando abrigo (em breve permanente) em países vizinhos como as Fiji, arquipélago que, por sua vez, também tem sido maltratado por ciclones devastadores cada vez mais extremos e violentos, devido ao aquecimento global.
Mas neste último encontro, as nações do Pacífico concordaram que a deslocalização não é a resposta, e que as maiores questões do aquecimento global e dos níveis do mar precisam ser discutidas e que é urgente uma acção global tendo em vista o risco a que estão expostos estes estados insulares localizados em áreas remotas do Pacífico.
“Há poucas perspectivas que esses países possam ser capazes de financiar os elevados custos da construção de diques”, afirma um relatório do Banco Mundial divulgado durante este encontro. “A comunidade internacional terá, portanto, que pesar os prós e os contras, entre os principais investimentos iniciais para construção… e programas de emergência e reconstrução quando ocorrer o desastre”.
Além das mudanças climáticas, o fórum também condenou os testes nucleares pela Coreia do Norte e suas ameaças para disparar mísseis contra o território norte-americano de Guam. É que, apesar de Guam não ser membro da PIF, a eminência deste ataque “constitui uma ameaça para a região mais ampla das ilhas do Pacífico”, relata a agência France Presse.
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