Green Carpet Fashion Awards: em defesa da moda sustentável



A moda é uma das indústrias mais poluentes do mundo. Praticamente todas as etapas do ciclo de vida da roupa têm implicações negativas para o nosso planeta. E se a população mundial continuar a crescer, como se espera, o consumo de vestuário aumentará em 63%, das actuais 62 milhões de toneladas para 102 milhões de toneladas em 2030, ampliando significativamente a escala do problema. Estes dados constam do último relatório do Boston Consulting Group e da Global Fashion Agenda, um fórum sobre moda e sustentabilidade, pelo que é urgente tomar medidas sobre este tema.

Talvez por esse motivo, a Câmara Nacional da Moda Italiana (CNMI), em colaboração com a Eco-Age, o apoio do Ministério do Desenvolvimento Económico italiano (MISE), da ICE (Agência para a internacionalização das empresas italianas) e com o patrocínio da Comune di Milano, tenham decidido organizar os primeiros Green Carpet Fashion Awards, colocando a sustentabilidade – a qualidade mais importante para a humanidade – no coração da moda.

Tendo como principal objectivo promover o “Made in Italy” e a transparência de toda a cadeia de fornecimento (do processo de design à fabricação do produto) estes novos prémios da moda realizaram-se ontem, durante a Semana da Moda de Milão, celebrando artesãos e designer italianos que defendem práticas éticas e destacam as histórias de sucesso de sustentabilidade ambiental e social.

A praça de La Scala, em Milão, foi transformada num jardim mágico, com um enorme tapete verde sustentável, por onde desfilaram os maiores designers de moda italianos – de Valentino a Armani, passando pela família Missoni, Fendi e Ferragamo -, as empresas mais inovadoras, designers emergentes e figuras do mundo da moda como Naomi Campbell e Anna Wintour.

A modelo e activista brasileira Gisele Bündchen foi a vencedora do primeiro prémio Eco Laureate, em parceria com a Vogue Italia, pelo reconhecimento da forma como sempre usou a sua plataforma para promover não apenas causas ambientais, mas também soluções, com o seu trabalho na preservação do bioma amazónico que levou a Amazónia a ser tema de conversa em todo o mundo.

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Entre os vencedores da noite – que levaram para casa uma estatueta Chopard em ouro de origem responsável – estiveram ainda nomes como Brunello Cucinelli que recebeu o prémio “Justiça Social e Comunitária”, entregue pelo actor Colin Firth; as costureiras da Maison Valentino que receberam o prémio “A Arte do Artesão”, entregue por Annie Lennox; Tom Ford, o “Melhor Designer Internacional a apoiar o Made in Italy”, galardão entregue por Anna Wintour, a célebre directora da Vogue norte-americana; e a Orange Fiber, empresa que ganhou o prémio “Tecnologia e Inovação” pelos seus têxteis sustentáveis.





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