Danone: multinacional está a reescrever as regras do capitalismo moderno



Nos dias que correm, abundam as críticas sobre a forma como a indústria agroalimentar opera. Mas estas críticas não partem só de defensores do ambiente ou de pessoas que lutam contra grandes empresas. Emmanuel Faber, CEO da Danone, uma das maiores companhias do mundo nesta área, é um dos que junta a sua voz às críticas.

Com vendas em 130 países e quase 25 mil milhões de receitas em 2017, a Danone considera que é necessário mudar a forma como as empresas operam e pensar no bem global. Por outro lado, os consumidores estão também a mudar a forma como se relacionam com as empresas. Uma dessas mudanças diz respeito aos millenials, que estão a abandonar a forma tradicional de consumir e a optar por sistemas de produção local, por produtores mais pequenos e alimentos orgânicos.

Para apelar a este novo tipo de consumidor, a Danone está também a mudar, começando pela rejeição de que uma empresa existe principalmente para maximizar os lucros dos seus acionistas. Assim, diz Faber, o “objetivo desta empresa não é criar valor para o acionista” mas sim levar comida saudável a tantas pessoas quanto possível, beneficiando todos, desde fornecedores a consumidores e donos.

Esta forma diferente de pensar foi também o que levou a Danone a juntar-se ao movimento B, que certifica empresas que trabalhem para o bem do planeta e das pessoas, e não apenas para maximizar o lucro. Com esta certificação, a Danone tornou-se, também, a maior empresa B Corp do mundo. Segundo a Danone, este certificado é “uma expressão do seu empenho a longo prazo em fazer negócio sustentável” e também de ter “sucesso económico e social.”

O Greensavers fez recentemente um trabalho exatamente sobre as B Corp. Estivemos à conversa com Luís Amado, representante do B Lab em Portugal, que nos contou mais pormenores sobre este movimento.





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