Estudante de 12 anos ganha prémio Pordata com trabalho sobre área ardida em Portugal
Na quarta edição do Prémio PORDATA Inovação premiou os indicadores “Intensidade carbónica da economia por sector de atividade” e “Grau de área ardida, que vão agora passar a integrar o tema do “Ambiente, Energia e Território”.
Tomás Pereira, um jovem estudante de 12 anos, foi quem desenvolveu e propôs o indicador “Grau de área ardida”. Tomás Pereira torna-se assim no mais jovem vencedor do Prémio PORDATA Inovação. Este indicador revela, por exemplo, que desde 2009 as regiões mais fustigadas neste campo são sempre as regiões Norte e Centro ,que representam 90% do território continental ardido. Revela também que, em 2017, cinco municípios do país viram mais de dois terços do seu território arder: Pedrógão Grande (78%), Oliveira do Hospital (71%), Mação (69%), Figueiró dos Vinhos (68%) e Pampilhosa da Serra (67%).
Já o indicador “Intensidade carbónica da economia por sector de atividade” desenvolvido pelo Professor António Marques, por Daniel Pais e Tiago Afonso, analisa a evolução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) face ao crescimento económico dos sectores de atividade económica. Este indicador revela, por exemplo, que só houve um sector de atividade a registar um aumento da intensidade carbónica entre 1995 e 2015: o da Agricultura e Pescas (+4,3%).
“O Prémio PORDATA Inovação é uma iniciativa que pretende motivar a participação direta dos cidadãos no trabalho da PORDATA, dando-lhes a oportunidade de propor indicadores estatísticos que considerem relevantes, mas que não estão na nossa base de dados. O Prémio contribui não só para o enriquecimento da base de dados, mas permite também responder à nossa missão de promoção do conhecimento sobre a sociedade portuguesa”, disse Maria João Valente Rosa, diretora da PORDATA.